Tragédia que vitimou sete petropolitanos em março de 2022 completa dois anos
No dia 20 de março de 2022, a cidade registrou o maior acumulado pluviométrico da história, 534,4mm
No dia 20 de março de 2022, pouco mais de um mês após a maior tragédia climática da história de Petrópolis, um novo desastre aconteceu na cidade. Na data, o acumulado pluviométrico registrado em 24 horas chegou a 534.4mm, o maior já visto no município. Foram cerca de 400 ocorrências em 19 localidades e 7 vidas interrompidas, além das 235 vítimas do dia 15 de fevereiro.
Centro da cidade na data. Foto: Reprodução Redes Sociais
Entre as regiões mais afetadas por esta segunda tragédia estiveram o Alto da Serra, Bingen, Castelânea, Centro, Chácara Flora, Duarte da Silveira, Estrada da Saudade, Independência, Morin, Mosela, Quissamã, Quitandinha, Saldanha Marinho, São Sebastião, Siméria, Valparaíso e Vila Militar.
Desabrigados
Na época, mais de 800 pessoas tiveram de ir para os pontos de apoio espalhados pela cidade, além das que já haviam perdido suas casas em fevereiro e também estavam sendo mantidas nestes espaços. Em 33 dias, mais de 2 mil casas foram interditadas em Petrópolis.
Igrejas abriram as portas para receber desabrigados. Foto: Lucas Landau
Vítimas
Dentre as vítimas desta tragédia estavam o professor universitário Nelson Ricardo Ferreira da Costa, de 59 anos, a mãe dele, Heloisa Helena Caldeira da Costa, de 86 anos, e o também professor universitário Mario Augusto Queiroz Carvalho, de 35 anos, que faleceu enquanto tentava salvar Heloisa. Ambos os docentes foram homenageados por parentes, amigos e ex-alunos.
Foto: Divulgação
Os três foram encontrados na casa amarela que havia desabado na Rua Washington Luís, onde os militares do Corpo de Bombeiros também resgataram o último corpo que estava sendo procurado, no dia 23.
Outras três vítimas identificadas após a chuva de 20 de março foram Carmelo de Souza, Jussara Belarmino Souza e Vanila de Jesus da Silva.
Foto: Reprodução Redes Sociais
Comércio
Como se a situação do comércio de Petrópolis, que já havia sido afetado pelas chuvas do dia 15 de fevereiro, já não estivesse delicada o suficiente, com as fortes chuvas do dia 20 de março, vários estabelecimentos que ainda se recuperavam da tragédia anterior foram novamente afetados.
Fotos: Arquivo/Sou Petrópolis – Reprodução/Internet
Ações em resposta
Neste mês, o município chegou à marca de 115 obras de grande e médio porte, em resposta às chuvas de fevereiro e março de 2022, concluídas. Apesar disto, outras 51 continuam em andamento e 26 ainda estão em processo de licitação. Mesmo com estas ações, ainda há muito a ser feito, tanto para recuperar a cidade, quanto para prevenir que outros desastres como estes aconteçam novamente.
Foto: Divulgação
Transtornos constantes
Prova disso são as chuvas constantes que continuam causando transtornos na cidade, como a desta última terça-feira (19). Segundo a Defesa Civil, na data, foram contabilizadas seis ocorrências de deslizamento, alagamento, queda de árvore e afundamento de via.
O órgão chegou a mobilizar pontos de apoio no primeiro e terceiro distrito mas, devido a redução dos acumulados pluviométricos, foram desmobilizados. A região de Itaipava foi a que registrou mais chuvas, um total de 107,3mm em 24h. E para o fim de semana, a expectativa é de ainda mais precipitação.