12 trilhas e passeios para estar em contato com a natureza em Petrópolis
Opções que certamente te farão se apaixonar por esse outro lado de Petrópolis
Matéria atualizada às 19h do dia 10 de abril de 2024
Outono é época em que as noites são mais bonitas, chove pouco devido ao clima seco, e as cores do solstício proporcionam fins de tarde que se assemelham a pinturas, o período é marcado pelo desbravamento das várias trilhas e passeios mantidos pela cidade. Em conversa com o guia de montanhas André Vasconcellos, o Sheik, selecionamos algumas das opções que certamente te farão se apaixonar por esse outro lado de Petrópolis.
Trilhas leves:
1. Castelinho
Considerada uma das trilhas mais clássicas de Petrópolis, a trilha do Castelinho, ou Meu Castelo, no Morin, é parada certa de quem quer desfrutar de uma vista fenomenal do Rio de Janeiro e da Baía da Guanabara em menos de uma hora de caminhada.
Fotos: Arquivo/Sou Petrópolis
Um dos principais diferenciais da trilha do Castelinho quando comparada a outras da cidade é a sua sinalização. Somada às várias placas pelo caminho que aumentam a sensação de segurança do visitante, o percurso é muito bem demarcado e de fácil acesso, tanto que a subida costuma levar de 40 minutos a uma hora.
Como chegar?
Dirija até a Estrada Torres do Morin, próximo ao número 45. Por lá você vai ver uma entrada estreita, onde é possível subir de carro até um pátio, que costuma servir de estacionamento para os visitantes. Em frente ao pátio está o ponto de partida da trilha. Para seguir o GPS, clique aqui.
Saiba mais: Castelinho: tudo o que você precisa saber antes de fazer uma das trilhas mais clássicas da cidade
2- Pedra do Quitandinha
O nome da trilha vem do bairro onde ela se encontra: Quitandinha. A trilha é de apenas meia hora de caminhada: super curtinha e rápida de fazer. Ideal para quem tem pouco condicionamento físico ou pouco tempo para fazer grandes travessias.
Fotos: Instagram @jhonattanrj e Arquivos Sou Petrópolis
A recompensa para quem chega ao final da trilha é a vista do imponente Palácio Quitandinha e em dias claros, também é possível avistar o Rio de Janeiro e as montanhas da Serra dos Órgãos. O percurso não apresenta muitas dificuldades e é de fácil orientação.
Como chegar?
Você deve seguir pela Rua Uruguay e pegar a primeira a esquerda, fazendo uma curva bem fechada. Siga sempre pela rua asfaltada e vá subindo. Em um momento, você vai ver que a rua passa a ser de terra. Continue mais um pouco, até quando não der mais para o carro subir. É ali que você deve estacionar e começar a caminhada a pé. Para seguir o GPS, clique aqui.
Saiba mais: Pedra do Quitandinha: tudo o que você precisa saber antes de visitar o local
3. Pedra do Cortiço
Essa trilha, que também é conhecida como Morro do Cortiço, fica no bairro de São Sebastião e é considerada uma das mais fáceis da cidade. Levando apenas 45 minutos de caminhada, você consegue chegar ao topo e curtir a paisagem do alto.
Foto: Arquivo/Sou Petrópolis
Apesar da trilha começar em mata fechada e ser pouco sinalizada, ela é bem intuitiva e curta, ou seja, bem fácil de ser concluída. Ela oferece uma vista linda de toda a cidade de Petrópolis e permite avistar desde o Parque Nacional da Serra dos Órgãos à Floresta da Tijuca.
Como chegar?
A caminhada se inicia por uma ruazinha bem estreita, de paralelepípedos, chamada Rua Indaiá, ao lado da da Igreja de São Sebastião. Entrando nessa rua, caminhe por alguns minutos e logo verá o início da trilha bem discreto à sua esquerda. É um caminho nada convencional, que entra pelo matagal na beira da Rua Indaiá e pode passar despercebido por quem não conhece, já que não existe nenhuma sinalização no local. Para seguir o GPS, clique aqui.
Saiba mais: Saiba como chegar até a Pedra do Cortiço; subida leva menos de uma hora
Percursos médios:
4. Alto da Ventania
Com altitude de 1270 metros, essa trilha é considerada a mais “complexa” dentre todas as da lista. A subida até o cume leva em torno de 1h – 1h30 para ser feita, mas em compensação a vista é uma das mais encantadoras, sendo também um ótimo lugar para se aventurar mais e mais, acampando.
Fotos: Breno Madeira
Um dos aspectos que mais chamam a atenção no Alto da Ventania é o caminho até o topo. É sem dúvida um dos caminhos mais belos, repleto de vegetação e cenários diferentes. Uma dica boa é não escolher a época de verão para visitar a trilha, já que é o momento do ano do qual chove mais na região.
Como chegar?
O início da trilha do Alto do Ventania pode ser um pouco confuso. Sugerimos clicar aqui para conferir mais detalhes, com imagens, ilustrando o caminho.
Saiba mais: O que você precisa saber para realizar a travessia Cobiçado – Ventania em Petrópolis
5- Pedra de Itaipava
Tida por muitos como uma das trilhas mais lindas de toda a serra carioca, a Pedra de Itaipava tem a maior elevação do distrito! Com vista 360º para as montanhas, a trilha se tornou um dos destinos preferidos do público na pandemia.
Fotos: @adrianopenomundo e @thiago_miguel015
Considerada uma trilha de dificuldade moderada, o tempo de subida da Pedra de Itaipava costuma variar entre 1h30 e 2 horas de duração! De lá é possível avistar todo o distrito de Itaipava, o circuito de montanhas do Taquaril, quase todo o Monumento Natural Estadual da Serra da Maria Comprida e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Como chegar?
Para chegar até a entrada da trilha você terá que pegar a estrada do Ribeirão Grande, na BR-040. Depois do Condomínio Chamonix, entre na segunda rua à esquerda e siga até o final da Rua B. A entrada da trilha – com área para estacionar – fica logo depois do ponto onde terminam as casas da rua. Apesar de bem sinalizada, para garantir mais segurança o ideal é ir acompanhado de alguém já familiarizado com a trilha ou então com um guia.
Saiba mais: Pedra de Itaipava: tudo que você precisa saber antes de fazer a trilha
Unidades de Conservação da cidade:
*Demandam experiência e, por isso, recomenda-se o acompanhamento de guias
6- PARNASO – Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Terceiro parque mais antigo do Brasil e uma das mais importantes reservas biológicas de proteção à Mata Atlântica no Rio de Janeiro, o PARNASO conta com 200 quilômetros de trilhas, sendo a maior rede da atividade no país. Entre elas, está a famosa travessia Petrópolis-Teresópolis, tida como a mais bonita do Brasil, conhecida pelo seu tamanho e dificuldade.
Saiba mais: PARNASO, em Petrópolis, fica em 10° lugar de parques mais visitado do país
Fotos: Luiz Henrique Lucas – Alexandre Milhorance
7- Monumento Natural da Pedra do Elefante – Circuito de Montanhas do Taquaril
Situado no Circuito de Montanhas do Taquaril, o Monumento Natural da Pedra do Elefante é destaque na região rodeada por serras. O percurso costuma levar entre 3 e 4 horas e, por isso, é importante que o trajeto seja acompanhado por um guia. A pedra forma um par de cumes também conhecidos por Jacuba Maior e Menor.
Fotos: Reprodução/Blog Trilhas, Natureza e Fotografia
8- Monumento Natural Estadual da Serra da Maria Comprida
Com 1.926m de altitude, a Maria Comprida não é a montanha mais alta, mas é tida pelos montanhistas como uma das mais impressionantes do município. O monumento conta com paredões verticais que ultrapassam os mil metros de altura, e é famoso também por suas lendas, como a de que em seu cume habitavam sacis e mulas sem cabeça. O percurso é tido, ainda, como a maior travessia dentro de uma cidade, indo do Vale das Videiras até Itaipava.
Fotos: Reprodução/Instagram @adilsonjpa
9- Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela
Integram a área de conservação do Refúgio em Petrópolis a Pedra do Cortiço, no São Sebastião; as duas pistas de voo livre no Parque São Vicente e no Simeria; a trilha Caminhos do Ouro, que fica na Serra Velha e liga Petrópolis ao município de Magé; o Mirante do Cristo, na BR-040; além de vias de escalada, na Pedra do Cortiço, Pedra do Rolador e Agulha do Cuíca.
Fotos: Arquivo/Sou Petrópolis
Travessias:
Em conversa com o guia de montanhas André Vasconcellos, o Sheik, ainda descobrimos uma série de outras opções de travessias disponíveis na cidade, como a que liga Araras a Secretário, Araras a Itaipava, Araras ao Vale das Videiras, o Caminho do Ouro – na descida da Serra, e a Travessia Uricanal, que faz a ligação entre os bairros do Caxambu e Bonfim.
Fotos: Reprodução/Instagram @surayadaltro – @jansen_cristiano
Aqueles que quiserem realizar a contratação de experientes guias de atrativos naturais e, acima de tudo, apaixonados pelas montanhas, podem fazer contato com o Grupo Guia Nativos. Eles oferecem serviços de guiamento para trilhas, montanhismo e escaladas. Para mais informações, entre em contato com André Vasconcellos pelo telefone (24) 992047713 ou pelo instragram@guiasnativos_
Dicas importantes:
Como qualquer outro passeio na natureza, é preciso tomar alguns cuidados:
- Evite o local em dias chuvosos ou com previsão de chuva;
- Se não conhecer o caminho, vá acompanhado de alguém que conheça;
- Prefira horários de dia para fazer a trilha. Fazer o percurso de volta no escuro não é indicado, pois você pode errar o caminho;
- Não remova plantas, alimente animais ou deixe restos de frutas pelo caminho;
- Recolha todo o seu lixo e, de forma alguma, faça fogueira na vegetação. Deixe pegadas e leve somente fotos do passeio!
Bônus: áreas de livre acesso para ver o pôr do Sol
Além das trilhas e percursos que demandam energia e planejamento, Petrópolis conta com áreas de livre acesso para ver o pôr do Sol, assim ninguém fica sem poder acompanhar os espetáculos da natureza. Alguns desses locais são:
10- Mirante da Serra:
em um acostamento ao lado direito da descida da Serra de Petrópolis (para quem conhece bem a rodovia, fica na altura do radar de 70km/h);
Foto: Reprodução/Instagram @calicewerdan
11- o Mirante do Cristo:
fica na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura do km 39,5 da subida da Serra;
Foto: Instagram @duda_afonso
12- o Mirante da Serra de Petrópolis x Teresópolis:
na BR-495 (Estrada das Hortênsias). A dica é ir através do GPS.
Foto: @tonaserra
Saiba mais: 16 lugares incríveis para ver o nascer ou pôr do sol em Petrópolis