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Após descobrir que vai ser pai, estátua viva de Petrópolis pede ajuda com doações e conta sobre rotina de trabalho

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Após descobrir que vai ser pai, estátua viva de Petrópolis pede ajuda com doações e conta sobre rotina de trabalho

Pelos petropolitanos ele é conhecido como o “Anjo dos Correios”, mas por baixo de toda essa roupa branca e desse personagem tem um capixaba simpático e trabalhador. Felipe Vieira, de 36 anos, é hipnólogo, formado em Engenharia da Hipnose por Pyong Lee, mímico, mágico, animador de eventos e, no meio de tantas vocações, ele descobriu que em breve também será pai.

Foto Arquivos Sou Petrópolis

Em tempos de crise e pandemia, Felipe teve todos os seus eventos adiados ou cancelados, e hoje a sua única fonte de renda é o trabalho de estátua viva. É por meio do estatuísmo que o artista de rua busca arrecadar doações, como fraldas descartáveis, roupas e lenços umedecidos para o(a) filho(a) que tem previsão de nascer em outubro. Ele conta que, embora esteja tomando todos os cuidados para evitar pegar a Covid-19, ele não tem condições de parar de trabalhar.

“Eu tomo os cuidados básicos, como o uso de álcool em gel, de máscara e evito o contato social, mas atualmente eu preciso ir trabalhar. Após descobrir que ia ser pai, me vi numa situação em que se eu não trabalhasse, eu iria ficar com muitas dívidas acumuladas e não ia ter condições de arcar com os gastos de uma criança”, explica Felipe, que está há 5 anos em Petrópolis em busca de melhores condições de vida.

Foto Arquivos Sou Petrópolis

Apesar de necessário e recomendado pela OMS e pelo Ministério da Saúde como forma de achatar a curva de infectados pelo coronavírus, o isolamento social atingiu diretamente a vida dos trabalhadores brasileiros. Felipe é uma das milhares de pessoas no Brasil que teve sua renda comprometida com a quarentena.

“Eu hoje só tenho o auxílio emergencial do governo, mas a minha namorada não tem. Por isso precisei continuar com o trabalho de estatuísmo. Tanto eu, como outros profissionais desse ramo, tivemos todos os nossos eventos cancelados. Os únicos que ainda estão confirmados são as festas após agosto, mas enquanto isso, cada um vai se virando como pode”, ele conta.

Segundo dados do Departamento de Trabalho e Renda, adquiridos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Petrópolis tem mais de 25 mil pessoas que trabalham no comércio e, neste momento, estão afastadas, sem poder trabalhar. Dentre elas, cerca de 380 ambulantes e 20 mil trabalhadores autônomos e informais, que é o caso de Felipe Vieira.

O artista diz apoiar e entender a importância do isolamento social nesse momento, mas pede para quem tiver que sair de casa e possa deixar uma doação de fraldas ou outros utensílios para seu(sua) futuro(a) filho(a), ele está todos os dias, das 9h às 16h30, ao lado do Terê Frutas, na rua Paulo Barbosa.

Em Petrópolis, criou-se uma grande corrente do bem para ajudar pessoas que se encontram em vulnerabilidade durante a quarentena. Costureiras e empresas estão fazendo máscaras para doação, projetos sociais estão doando comida e cestas básicas para famílias de comunidades da cidade, entre outras ações. A fim de divulgá-las para que mais gente possa ajudar, criamos uma página só de boas iniciativas em Petrópolis durante esse período, chamada “Nós“. Para saber mais, acesse: https://soupetropolis.com/category/nos/

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