Projeto para reforço estrutural do túnel extravasor de Petrópolis segue em fase de desenvolvimento
Segundo a Seinfra, ainda não há prazo para início das obras
O projeto de reforço estrutural do túnel extravasor de Petrópolis segue em fase de desenvolvimento. As obras serão feitas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras do Rio de Janeiro (Seinfra) e ainda não tem prazo para serem iniciadas. Segundo a Seinfra, após a finalização do projeto é que será feito o processo de licitação.
O túnel sofreu fortes impactos após as chuvas de fevereiro e março, o que colocou em evidência a necessidade de intervenções emergenciais. Ele tem cerca de 3,5 km e é um importante sistema que desvia as águas do Rio Palatino, do Centro da cidade, para o Rio Piabanha, no Itamarati. Com a manutenção adequada, o sistema evita e/ou minimiza consequências de grandes enchentes na região do Centro Histórico.
Foto: Arquivo Sou Petrópolis
Paralelamente as obras emergenciais da Seinfra, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Ministério do Desenvolvimento Regional informaram que têm um convênio para a elaboração de projetos que vão subsidiar os serviços de macrodrenagem no Centro Histórico de Petrópolis. Os estudos, de acordo com o Inea, ainda estão em andamento.
O objetivo da macrodrenagem é melhorar o escoamento de águas dos Rios Quintadinha, Palatino e Piabanha, minimizando os alagamentos durante os temporais no Centro Histórico.
Intervenções municipais
Desde as tragédias de fevereiro e março, a prefeitura realizou intervenções, como tapa buracos e limpeza da boca do túnel (na Rua Visconde de Souza Franco – Rua da Feira – no Centro da Cidade).
Com relação às obras no túnel, o município reforça que são de responsabilidade do Governo do Estado atendendo às competências sobre as intervenções nos rios da legislação ambiental e também a um acordo feito pela justiça.
Riscos
O túnel tem início na Rua Visconde de Souza Franco (Rua da Feira), no Centro, e segue até a Rua Pedro Elmer, no Itamarati. Toda estrutura é feita de concreto e requer manutenções periódicas.
Foto: Arquivo Sou Petrópolis
Professor de Engenharia Civil da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Robson Gaiofatto, já alertou que há risco de desabamento da estrutura de concreto, que pode provocar uma nova tragédia na cidade, uma vez que, por cima do túnel, há construções de prédios, casas e ruas entre o Centro e o Quissamã.
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