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Por que reflorestar Petrópolis é essencial neste momento? Especialista explica!

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Por que reflorestar Petrópolis é essencial neste momento? Especialista explica!

Paisagista especializada em reflorestamento, Patrícia Assis diz que plantio de espécies específicas, que possuem raízes profundas, funcionam como uma malha e ajudam a segurar a terra, evitando novos deslizamentos

As últimas tragédias que atingiram Petrópolis em 15 de fevereiro e 20 de março deixaram marcas em parentes e amigos que lidaram com perdas, no comércio que acumulou prejuízos e tenta se reerguer e em toda a sociedade petropolitana. Quem transita pelos bairros do primeiro distrito consegue ver essas marcas estampadas nas encostas, como no Morro da Oficina, onde mais de 80 casas foram arrastadas após um deslizamento.

Registro do Morro da Oficina após a tragédia de 15 de fevereiro / Foto: @maridcrocha

Passados mais de um mês da primeira tragédia e pouco mais de 15 dias da segunda, algumas ações são necessárias para evitar novos deslizamentos como os que provocaram a morte de centenas de pessoas na cidade. Uma das alternativas para isso é o reflorestamento dessas áreas.

Analista, gestora ambiental e paisagista especializada em reflorestamento, Patrícia Assis explica a importância de que este processo de plantio seja iniciado o quanto antes. Porém, ela destaca que, para começar, é preciso que sejam elaborados projetos, que devem ser aprovados pelo município e só depois implementados.

“Para realizar o reflorestamento são feitos projetos e mapeamentos das áreas degradadas com equipes de técnicos ambientais, biólogos, engenheiro. E esses projetos devem ser apresentados aos órgão públicos competentes, neste caso a Secretaria de Meio Ambiente do município”, diz.

Sobre as espécies

A especialista explica que nesses casos são indicadas plantações de braquiarias ou vetiver que, segundo ela, é um tipo de capim específico para áreas que sofreram deslizamentos. “São indicadas porque essas espécies possuem uma raiz profunda que funcionam como uma malha, segurando a terra”, afirma Patrícia.

Foto: Arquivo Pessoal Patrícia Assis

Com relação às árvores, a especialista explica que o replantio deve seguir as mesmas espécies encontradas que já são encontradas na Mata Atlântica em Petrópolis. “Em áreas muito íngremes, usamos espécies de porte médio”, diz.

Cuidados

Além de ter um projeto de reflorestamento aprovado pelas autoridades competentes, Patrícia explica que também existem cuidados que devem ser tomados antes de fazer o plantio das espécies.

Segundo ela, deve se fazer taludes (cortar o morro em faixas tipo platô), para melhor escoamento das águas e fixação das plantas.

Foto: Arquivo Pessoal Patrícia Assis

A especialista acrescenta ainda que projetos de reflorestamento podem e devem envolver as comunidades.

“É de extrema importância para os moradores da região, que se engajem ao projeto, pois aprendem técnicas de plantio, inclusive para agricultura de subsistência. Aprovados pela prefeitura, os projetos já podem ser executados junto à comunidade e voluntários, porém sempre com a supervisão dos especialistas”, conclui.

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