MPRJ monta sala de crise para agilizar trabalhos emergenciais em Petrópolis
Todos os dias pela manhã, promotores de Justiça, psicólogos, assistentes sociais e demais servidores se reúnem para organizar as atividades emergenciais para o dia de trabalho
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) criou, na sede de Petrópolis, uma sala de crise para concentrar dados referentes ao desastre ambiental provocado pelo forte temporal que atingiu a cidade no dia 15.
Foto: Divulgação MPRJ
Todos os dias pela manhã, promotores de Justiça, psicólogos, assistentes sociais e demais servidores se reúnem para organizar as atividades emergenciais para o dia de trabalho.
“Em uma resposta à crise, é importante ter um espaço físico em que as informações sejam concentradas e possamos ter, de maneira visual, todas as ações que precisam ser feitas, os encaminhamentos e as demandas. Montamos aqui um local com dados dos pontos de apoio, informações climáticas, de chuvas e transbordamentos, além de demandas de saúde e locais que já foram vistoriados, por exemplo”, explicou a promotora de Justiça Vanessa Katz, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis.
Vistorias
Técnicos do Ministério Público de várias cidades do Rio de Janeiro se deslocaram para Petrópolis para ajudar no trabalho. Com a união de esforços, foi possível realizar vistorias em 47 pontos de apoio, entre escolas, igrejas e clubes, que estão abrigando pessoas que tiveram que sair de casa.
A assistente social Isa Cecília Pezenti participa desse apoio. “Diariamente recebemos uma listagem e vamos até esses pontos, onde verificamos como as pessoas estão sendo acolhidas, se estão sendo atendidas em suas necessidades básicas. Verificamos se existem colchões, cobertas, toalhas de banho, kits de higiene pessoal, roupas e alimentação adequada. E ainda se estão em segurança. Se tiver algum problema, repassamos a informação”, narrou.
Apoio psicológico
O atendimento psicológico também tem sido muito importante para adultos e crianças. “Nós conseguimos observar que as crianças e os adolescentes estão em sofrimento psíquico, chorando muito, agitadas porque estão fora da escola. Eles sofreram um grande trauma e estamos preocupados com o reflexo desses traumas no amanhã”, disse a psicóloga Gisele Sutter.
Por meio da articulação das promotorias de Justiça da Infância e da Juventude de Petrópolis com a prefeitura, as crianças que estão nos abrigos serão levadas durante o dia para os Centros de Educação Infantil (CEI), onde poderão participar de várias atividades.
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