Incansável, pai do Gabriel continua nas buscas por vítimas de tragédia com ônibus que seguem desaparecidas
Acidente aconteceu em 15 de fevereiro e, desde então, Leandro da Rocha não parou o trabalho de buscas. Primeiro pelo filho e agora segue na procura pelos corpos de Pedro Henrique, de 8 anos, e de Heitor dos Santos, de 61
Cinquenta e dois dias se passaram após a tragédia com os dois ônibus na Rua Washington Luís em Petrópolis e duas vítimas seguem desaparecidas: Pedro Henrique, de 8 anos, e Heitor dos Santos, de 61.
Foto: Arquivo Pessoal Leandro da Rocha
Incansável, Leandro da Rocha, pai do Gabriel Vila Real da Rocha – que também foi vítima deste acidente – segue na busca pelas vítimas. Inicialmente, buscou pelo corpo do filho e, mesmo depois de encontrar o Gabriel, seguiu na procura pelas outras vítimas.
Todos os dias, a rotina de Leandro é acordar e ir vasculhar os rios em busca de pistas que levem aos corpos. Inúmeras vezes, ele percorreu o trajetos dos rios Quitandinha e Piabanha. Nesta quarta-feira (6), Leandro foi, mais uma vez, até Alberto Torres, em Areal.
“Existe o seu Heitor a ser encontrado. Existe um corpo dentro desse rio, de uma pessoa, de um ser humano”, disse. Leandro destaca que o trabalho dentro dos rios vem sendo feito apenas por voluntários já há algum tempo. “É um descaso muito grande de todas as autoridades”.
O Corpo de Bombeiros afirma que continua buscando as vítimas que seguem desaparecidas na cidade. Além de Pedro e Heitor, os militares informaram que continuam também nas buscas por um corpo no Morro da Oficina. O corpo é de Lucas Rufino, vítima do deslizamento que aconteceu na região em 15 de fevereiro.
Corpo ainda não identificado
Em 24 de março, um corpo foi achado no Rio Piabanha, na Posse, e levado para o Instituto Médico Legal (IML), em Corrêas, para identificação. A suspeita é de que seja de Pedro Henrique, porém o resultado do exame que irá comprovar quem é a vítima ainda não ficou pronto.
Foto: Reprodução Redes Sociais
Segundo a Polícia Civil, o trabalho de perícia e antropologia forense apontou que se tratava de uma vítima do sexo masculino. No entanto, tendo em vista o avançado estágio de decomposição, a polícia informou que foi necessária a coleta de material genético para confronto de DNA.
Foto: CBMERJ
O exame está em processamento no Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) da instituição. Ainda não há previsão de quando o resultado vai ficar pronto.
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