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“Queria visitar a Catedral e não podia”, relata petropolitana sobre a falta de acessibilidade em pontos turísticos

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“Queria visitar a Catedral e não podia”, relata petropolitana sobre a falta de acessibilidade em pontos turísticos

Treinadora do time de ginástica do Flamengo, Georgette Vidor conta que, após as obras, o espaço se tornou acessível, mas ainda faltam opções em Petrópolis

A acessibilidade para pessoas com deficiência (PcD) ou mobilidade reduzida é um grande desafio em Petrópolis, em especial, por se tratar de uma cidade serrana. Até mesmo no centro do município, diversas ruas, pontos turísticos e prédios públicos impossibilitam a locomação desse público.

Neste sábado (3), Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, conversamos com a petropolitana e treinadora do time de ginástica olímpica do Flamengo, Georgette Vidor, para entender um pouco mais sobre este cenário.

Foto: Arquivo Pessoal

A técnica, que sofreu um acidente em 1997 que a deixou paraplégica, conta que até pouco tempo atrás não podia entrar na Catedral São Pedro de Alcântara. “Eu queria visitar a Catedral, um dos locais mais importantes de Petrópolis e não podia. Agora, enfim, tem uma rampa na lateral que possibilita a nossa entrada”, relata. Com as obras realizadas no monumento em meados deste ano, foram feitas adaptações para viabilizar o acesso de PcD ou com restrições de mobilidade.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

Pontos acessíveis

Outros pontos turísticos que possuem estrutura adaptada para esse público são o Palácio Quitandinha, Museu Imperial e Palácio de Cristal. Ainda assim, comparando com o vasto catálogo de cartões postais em Petrópolis, são poucos os espaços com acessibilidade.

“Têm alguns locais onde não há como tornar acessível, como a Casa de Santos Dumont. Mas outros pontos históricos têm sim essa possibilidade. E temos que pensar não só na questão da mobilidade, mas também no acesso de pessoas com outras deficiências, como a visual e auditiva”, pontua.

Foto: Divulgação

Dificuldades

Mais alguns fatores que causam empecilhos na vida dessa comunidade são a falta de planejamento das calçadas, ruas pavimentadas com pedras e rampas que não estão de acordo com a lei. Para Georgette, falta fiscalização, movimentação dos logradouros para adaptar o que for preciso e pessoas que representem a causa no poder público.

“Uma cidade que preza pela vida do seu cidadão passa uma imagem de respeito. Quando você deixa ela mais acessível, dá a possibilidade de pessoas com deficiência também conhecerem o município. Além de ajudar o turismo, a acessibilidade está na lei. Eu tenho a sorte do meu marido dirigir e de ter um carro adaptado pra mim, mas e quem não tem? Uma pessoa com deficiência, sozinha, dificilmente consegue se virar aqui na cidade”, finaliza.

Foto: Arquivo Pessoal

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