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Dia da Musicoterapia: profissional de Petrópolis fala sobre os benefícios da prática terapêutica

Saúde

Dia da Musicoterapia: profissional de Petrópolis fala sobre os benefícios da prática terapêutica

Em evidência, a prática tem crescido no ramo da saúde e é indicada para pessoas de todas as idades

No dia da Musicoterapia, prática que cresce e se torna popular no ramo psicológico com o passar dos anos, conversamos com a musicoterapeuta petropolitana Ana Clara São Thiago, que explicou e deu detalhes sobre o tipo de terapia.

Apesar de ser mais ligado à saúde mental, o tratamento age em conjunto com outras áreas de conhecimento, como educação e a gerontologia, e utiliza desta versatilidade para funcionar.

Foto: Arquivo Pessoal

A Musicoterapia surgiu no fim dos anos 1940, nos Estados Unidos, após músicos começarem a tocar em hospitais que recebiam soldados vindos da 2ª Guerra Mundial. No Brasil, a prática chegou apenas em 1971, mas foi reconhecida pelo Conselho Federal da Educação em 1978. A partir de 1980, passou a ser integrada à saúde.

O que é a Musicoterapia?

A Musicoterapia é um processo de intervenção que trabalha a relação da pessoa com a música, sempre visando a manutenção da boa saúde.

Em outras palavras, é um campo de conhecimento que estuda os efeitos da música e das experiências musicais nos tratados, usando aprendizagem de outras áreas de conhecimento para se manter.

“Através da utilização da música e dos seus elementos, o Musicoterapeuta busca promover uma melhor qualidade de vida para o indivíduo ou grupo assistido. A partir das conversas prévias e das necessidades dos pacientes, são definidos objetivos de trabalho para alcançar as necessidades físicas, emocionais, sociais e cognitivas das pessoas tratadas”, explica Ana Clara, que também é pedagoga e mestranda em educação.

Qual é a importância da Musicoterapia?

Ana Clara explica que a prática da Musicoterapia viabiliza o tratamento terapêutico dos pacientes com as mais diferentes demandas.

Através da música, que muitas vezes se apresenta como o único canal de comunicação, o terapeuta encontra, ao lado do paciente, o caminho para o melhor tratamento. A partir disso, o médico estabelece um plano de cuidado e um processo para atingir os objetivos para cada paciente ou grupo em específico.

“O Musicoterapeuta traça seus objetivos a partir das necessidades relatadas, que se modificam ou intensificam nas questões apresentadas ao longo das sessões musicoterapeuticas”, detalha.

Ana ressalta que, atualmente, está fazendo uma pós-graduação que envolve a Musicoterapia e o Transtorno do Espectro Autista, visando o aprimoramento de suas habilidades, que são muito procuradas por famílias que tem crianças com autismo em casa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo mundo possuem algum grau de autismo, sendo que esse número, só no Brasil, ultrapassa os 2 milhões.

Ainda de acordo com a OMS, as crianças com autismo se beneficiam bastante da Musicoterapia, já que utilizam instrumentos que servem como ferramentas que incentivam a comunicação e a autoexpressão.

Quem pode procurar a Musicoterapia?

Para finalizar, a profissional explica que qualquer pessoa pode procurar a Musicoterapia para a promoção da saúde, mas enfatiza que é imprescindível que a terapia seja realizada por um profissional qualificado, que deve possuir a graduação reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e com o registro nos órgãos profissionais.

A terapeuta revela que tem mais facilidade ao atender o público infantil, muito por ser professora da educação infantil. Apesar disso, a profissional diz que o Musicoterapeuta se enquadra a partir da necessidade do paciente, tendo abertura em todas as idades.

“Atendemos crianças na maioria das vezes, mas já trabalhei em outros projetos com pessoas de outras idades, principalmente na época de estágio. Todos os públicos têm suas questões de abertura ao tratamento, depende do que se apresenta. A música é uma forma muito eficaz em vários casos, até mesmo em pessoas em coma, pessoas em cárcere privado, hospitalizadas. Também temos os atendimentos em grupo. Todos que buscam a promoção da saúde e a melhora do bem estar”, finaliza.

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