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Projeto petropolitano Pró-Medula leva conscientização sobre doação ao Rock in Rio

Petrópolis do bem

Projeto petropolitano Pró-Medula leva conscientização sobre doação ao Rock in Rio

Iniciativa realiza caravanas para doação de sangue, plaquetas e cadastro de doadores de medula óssea em hemocentros de referência

O projeto petropolitano Pró-Medula participou do Rock in Rio 2022 com um estande de conscientização sobre a doação de medula, plaquetas e sangue. Essa é a terceira vez que o projeto participa do festival.

“Pessoas que passaram pelo estande tinham algum conhecido que teve leucemia e transplantou. Vários transplantados passaram por lá e se sentiram representados”, comenta a idealizadora do projeto, Gabriela Mesquita.

Ela conta ainda que duas pessoas em processo de transplante encontraram voluntários que já transplantaram e se sentiram mais motivados a continuar o tratamento.

“Uma delas falou que estava com muito medo de transplantar, mas ver que esses voluntários estavam vivos era muito bom. Então esse trabalho leva esperança, vemos o quanto isso é importante na vida desses pacientes”, diz.

Foto: Arquivo Pessoal

O começo do projeto

Gabriela é médica cardiologista, e o projeto começou quando ela ainda estava na faculdade de medicina. Em uma visita a Teresópolis em 2009, ela foi abordada por uma criança que aparentava estar muito doente, perguntando se ela queria fazer um cadastro para ver a compatibilidade com ele, que tinha leucemia e estava procurando um doador de medula.

“Voltei pra Petrópolis arrasada porque uma criança estava na rua fazendo campanha e eu, uma estudante de medicina, estava sentada em um banco da faculdade. Aí comecei a questionar qual era o meu papel na sociedade”, reflete.

Assim, Gabriela começou a falar sobre doação de medula na faculdade e percebeu que o desconhecimento era geral. “As pessoas ficavam surpresas quando eu explicava que a doação era simples e podia ser feita em vida mesmo”.

Cadastro de doadores

O cadastro para se tornar doador de medula é feito apenas nos hemocentros de referência. Em todo estado do Rio de Janeiro, Gabriela explica que existem apenas três, o INCA, Hemorio e um em Campos.

“Diante dessa dificuldade, comecei a chamar o Hemorio para fazer campanhas em Petrópolis. Fizemos na Praça Dom Pedro, no Parque de Exposições e aí pacientes começaram a me procurar para fazer campanha para eles. Com o rosto deles lá, se sentem acolhidos”, conta.

Ao se cadastrar, é feita a coleta de 5ml de sangue, que fornecem dados para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que também faz parte do banco mundial. Ela ressalta que, hoje, o Brasil recebe e manda medula para outros países, tudo por meio do SUS.

Foto: Divulgação

Esse cadastro fica válido por 60 anos e, quando vêem que há uma compatibilidade entre paciente e um possível doador, entram em contato para identificar se a pessoa ainda deseja doar e realizar um novo exame de compatibilidade, este mais complexo, além de preparar o doador e o paciente para a recepção.

Doação de medula

A doação é feita a partir de uma punção no osso da bacia ou através de coleta de sangue por aférese, como também é feita na doação de plaquetas. No caso do doador morar longe da cidade do paciente, o SUS cobre toda a viagem.

“Quando falamos da facilidade de você salvar a vida de alguém em vida, as pessoas se mobilizam. O que falta é informação”, declara Gabriela.

Como doar

O projeto conta com braços atuantes em vários estados e, em Petrópolis, geralmente são apoiados pela Única, que cede um ônibus para levar os voluntários doadores de sangue.

Para os que se interessarem em doar sangue e plaquetas, além de se cadastrar como doador de medula, Gabriela recomenda entrar em contato pelas redes sociais do projeto, onde um dos voluntários irá informar sobre quando será a próxima campanha do Pró-Medula.

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