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Tragédia em Petrópolis completa dois meses nesta sexta; três pessoas seguem desaparecidas

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Tragédia em Petrópolis completa dois meses nesta sexta; três pessoas seguem desaparecidas

Dois corpos ainda são procurados nos rios da cidade e um no Morro da Oficina

A tragédia de 15 de fevereiro que provocou mais de 200 mortes em Petrópolis completa dois meses nesta sexta-feira. Três pessoas seguem desaparecidas: Lucas Rufino, de 21 anos; Pedro Henrique, de 8; e Heitor dos Santos, de 61.

Lucas foi vítima do deslizamento que atingiu mais de 80 casas no Morro da Oficina, uma das áreas mais afetadas pelo temporal naquela data. Já Pedro Henrique e Heitor eram passageiros dos ônibus que foram arrastados para o rio na Rua Washington Luís.

Fotos: @maridcrocha e Evaldo Macedo

expectativa de que um corpo encontrado no mês passado no Rio Piabanha, na Posse, seja de Pedro Henrique. A família aguarda o resultado do DNA.

No momento, Leandro da Rocha, pai do Gabriel, adolescente que também foi vítima do acidente com os ônibus, segue nas buscas voluntariamente pelo corpo do Heitor. Desde o dia do acidente, Leandro encarou a missão de encontrar, primeiramente o corpo do filho, e, depois que o Gabriel foi encontrado, continuou buscando as outras vítimas percorrendo todo o trajeto do Rio Quitandinha e do Rio Piabanha – que vai do Centro de Petrópolis até a cidade vizinha de Areal, um percurso de cerca de 60 km.

Foto: Arquivo Pessoal Leandro Rocha

Sessenta dias se passaram e, além da saudade, Leandro relata sentimentos de dor, frustração e impotência de não poder ter ajudado o filho. Ao rever fotos da infância do Gabriel, ele diz: “Passa um filme de tudo que passamos juntos, todas as lutas e dificuldades que enfrentamos, um sentimento de culpa terrível em que eu poderia ter feito muito mais, principalmente por ele estar naquela situação sozinho, longe de mim”, desabafa.

Foto: Arquivo Pessoal Leandro Rocha

Segundo Leandro, o que o sustenta de pé é o amor que tem pelo Gabriel e pelos outros filhos e família em geral. “É muito difícil, nessas horas a família tem um papel fundamental”, revela.

O pai do Gabriel acredita que o que aconteceu com os ônibus foi falta de protocolo de segurança. “A gente sabe que aquela via é propícia a alagamento e ninguém fez nada durante todo esse tempo. É muito descaso”.

Sobre as buscas

De acordo com o Corpo de Bombeiros, todos os dias são feitas buscas superficiais pelos rios e foram designados maquinários para atuar em pontos de interesse para remoção de escombros, bancos de areia e vegetação, no intuito de encontrar desaparecidos.

Foto: CBMERJ

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