Connect with us

Conheça a história do Bosque do Imperador, uma rua de memórias e transformações em Petrópolis

História

Conheça a história do Bosque do Imperador, uma rua de memórias e transformações em Petrópolis

[Nomes de Rua] O extenso território integrava os acessos ao Palácio Imperial e o atual Palácio Grão-Pará

A Rua Bosque do Imperador, em Petrópolis, carrega em seu nome e localização um forte vínculo com o passado imperial da cidade. A área onde hoje se encontra a praça está situada entre as ruas Barão de Teffé, Doutor Joaquim Moreira, Epitácio Pessoa e Dom Pedro I. Nesta edição da série #NomeDasRuas, conheça a história da via que compõe um espaço repleto de história.

Foto: Sou Petrópolis

Patrimônio da Família Imperial

Este logradouro foi oficializado em 30 de março de 1926, quando um ato nomeou várias vias da cidade, incluindo o Bosque do Imperador. Toda a região que atualmente abriga o Bosque e as ruas que o rodeiam fazia parte dos jardins do Palácio Imperial, pertencentes à família imperial.

Documentos do Arquivo Histórico de Petrópolis, na pesquisa feita pelo historiador Álvaro Zanatta, “Histórias e Lendas das Ruas de Petrópolis”, contam que o extenso território integrava os acessos ao Palácio Imperial e à Casa dos Semanários, atualmente conhecida como Palácio Grão-Pará, localizado ao lado da praça.

Após o falecimento da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, a área começou a ser patrimônio municipal por meio de doações e compras, originando o Bosque do Imperador e suas ruas adjacentes.

Urbanização do Bosque do Imperador

Em março de 1926, a área foi completamente urbanizada, com ruas abertas e lotes já ocupados por construções. O documento destaca que, após a Proclamação da República, ergueu-se a Capela do Colégio São Vicente de Paulo.

“Hoje, no local, há um edifício moderno construído na década de 1950, onde estão o acervo documental do Museu Imperial, o Arquivo Histórico, uma biblioteca e um pequeno auditório”.

Foto: acervo público

Transformações ao longo do tempo

Por mais de cem anos, o local foi um largo e, posteriormente, uma praça de terra batida, repleta de árvores centenárias plantadas ainda nos tempos do Império. Nos anos 1960 até 1972, um vagão da Estrada de Ferro funcionava como brinquedo infantil na praça, sendo depois transferido para os jardins do Museu Imperial.

“Em 1972, a praça foi finalmente ajardinada, com a construção de um lago com chafariz ao centro, asfaltamento dos passeios e a instalação de bancos, transformando o espaço em um lugar de convivência”, conta o documento.

Foto: reprodução facebok Petrópolis Digital

Monumentos de destaque

A Praça do Bosque do Imperador também abriga quatro importantes monumentos históricos:

  • Um marco de granito em homenagem ao Centenário de Dom Pedro II, inaugurado em 2 de dezembro de 1925.
  • Uma herma com busto do poeta Batista da Costa, inaugurada em 24 de novembro de 1931.
  • Um busto sobre base de granito de Dom Pedro I, inaugurado em 3 de julho de 1972.
  • O Monumento ao Professor, inaugurado em 15 de outubro de 1978, reconhecendo a importância da educação.

Lugar de memórias e transformações

Nas décadas de 1970 e 1980, o Bosque do Imperador era ponto de encontro para estudantes, que se reuniam ali para conversar e namorar em um ambiente tranquilo. Porém, com o passar dos anos, acontecimentos impactaram a dinâmica da praça.

“A violência e o uso de drogas esvaziaram a sua função original, que era o lazer. Houve até discussões sobre cercar o local com terminais de ônibus, mostrando a necessidade de adaptação à nova realidade da cidade”, lamenta o documento.

A Rua Bosque do Imperador e sua praça representam uma parte significativa da história de Petrópolis, conectando a memória imperial com os desafios da modernidade, ao mesmo tempo em que preservam a essência de um passado que ainda ecoa nas árvores centenárias e nos monumentos que ali resistem.

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir