Connect with us

[Nomes de Rua] Conheça a história da Montecaseros, uma rua de memória e tradição em Petrópolis

História

[Nomes de Rua] Conheça a história da Montecaseros, uma rua de memória e tradição em Petrópolis

Originalmente denominada de “Rua do Cemitério”, a via de trânsito intenso, com lojas de materiais de construção e autopeças, mantém sua relevância histórica mesmo depois de anos de história

Popularmente conhecida como “Rua do Cemitério”, a Rua Montecaseros passou por mudanças e evoluções significativas até adquirir o atual nome, em decorrência de um evento histórico. Nesta edição da série #NomeDasRuas, conheça a história da Rua que guarda uma rica história que reflete as transformações culturais e urbanísticas de Petrópolis ao longo dos séculos.

Foto: reprodução

Primeiras denominações

Documentos do Arquivo Histórico de Petrópolis, na pesquisa feita pelo historiador Álvaro Zanatta, “Histórias e Lendas das Ruas de Petrópolis”, contam que nas primeiras plantas da cidade, elaboradas por Köeler e Rcymarus, a rua era denominada “Rua do Cemitério”, em referência ao cemitério localizado onde hoje se encontra o conjunto da Igreja do Sagrado Coração de Jesus e o Convento dos Padres Franciscanos. 

“Em 1854, o cemitério foi transferido para seu atual local por Alexandre Manoel Albino de Carvalho, que também urbanizou a área, tornando obsoleta a antiga denominação”, relata o documento.

Foto: Serra Drone

De “San Martin” a Montecaseros

Após a transferência do cemitério, a rua foi renomeada “San Martin” em 1854, em homenagem ao herói argentino. No entanto, em 1890, a Câmara Municipal decidiu mudar o nome para “Montecaseros”, em referência à Batalha de Monte Caseros, onde o Exército Imperial Brasileiro derrotou o exército do argentino Rosas, em 1852.

Desenvolvimento urbano e comercial

A Rua Montecaseros começou a ser urbanizada em 1857, quando recebeu o primeiro calçamento no sistema “Mac Adam”. A partir desse período, a rua se transformou em um ponto de encontro dos colonos católicos, especialmente aos domingos, e passou a atrair comerciantes. 

“Entre os estabelecimentos mais notáveis do final do século XIX estavam o Armazém Nastazi, a Casa Guiomar e a Padaria e Confeitaria Rio Branco. Além disso, a rua foi palco de um importante desenvolvimento educacional com a construção do Colégio Santa Catarina e do Instituto São José”, consta no documento.

Um Centro de convivência e comércio

Durante a primeira metade do século 20, a rua tornou-se um importante centro comercial, abrigando diversos tipos de lojas e serviços, conforme é descrito na pesquisa.

“Em 1926, a Montecaseros já contava com sapatarias, armazéns, padarias e até um curso preparatório para concursos. Nos anos 1950, novos edifícios e negócios surgiram, incluindo o Armazém Maurício, que mais tarde se tornaria uma cadeia de supermercados”.

Curiosidades e tradições

A Rua Montecaseros também guarda curiosidades peculiares. Em 1957, uma sexta-feira santa ficou marcada por um incidente inusitado.

“Moradores e passageiros de um ônibus observaram um grupo de homens velando o que parecia ser um cadáver, mas que na verdade era um boneco de Judas, pronto para ser pendurado em um poste, o que gerou grande comoção e gargalhadas”.

A Rua Montecaseros hoje

Atualmente, a Rua Montecaseros é uma via de trânsito intenso, predominada por lojas de materiais de construção e autopeças, mas ainda mantém sua relevância histórica. No passado, foi o local de muitos encontros dominicais após a missa, e até hoje abriga um colégio particular e pequenos hotéis. É uma rua que, apesar das mudanças, continua sendo um marco da cidade, repleta de história e memórias.

Foto: reprodução google maps

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir