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Petrópolis registra aumento nos casos de violência contra mulher

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Petrópolis registra aumento nos casos de violência contra mulher

De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), todos os crimes contra mulheres – com exceção de homicídio doloso – tiveram alta

Crimes de violência contra as mulheres tiveram alta em 2022, em comparação com 2021, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Somente nos primeiros seis meses deste ano, 51 casos de estupro foram registrados em Petrópolis.

Comparando com 2022, segundo o ISP, foram registrados 93 casos de estupro contra mulheres ao longo do ano. Ou seja, a primeira metade de 2023 já representa 54,8% dos casos registrados no ano passado.

Foto: Ilustrativa

Crimes de ameaças psicológicas também tiveram aumento significativo. No ano passado, foram 829 casos registrados na cidade, em comparação com 2021 – quando foram 766 casos, houve um aumento de 68%. Violência domiciliar já registra 48 casos, contra 47 do ano de 2021. Ainda segundo os dados da entidade, somente em 2022, 739 sofreram violência física na cidade. Exceção apenas para os casos de homicídio doloso – um registro em 2022, contra seis do ano anterior.

Alerta aos sinais

Suelen Ribeiro, psicóloga no Espaço Ewas – Psicologia para Mulheres, conselheira municipal de direitos da mulher e co-coordenadora da Rede Iruah, alerta que é difícil identificar certas ameaças, visto que muitas vezes são naturalizadas pela sociedade.

“O ciúme, por exemplo, é visto como um sinal de que alguém ama e se preocupa com o outro, mas na verdade pode ganhar um nível de intensidade possessivo onde um pega o celular do outro, excluem pessoas e vigiam. Aí, quando as mulheres tentam sair desses relacionamentos, as redes afetivas delas já estão muito comprometidas, porque ela passou a maior parte do tempo sem poder falar com os amigos ou frequentar encontros de família”, comenta.

A profissional acrescenta que, seja com parceiros românticos, familiares, amigos ou colegas de trabalho, é importante refletir sobre o quanto a pessoa tem que explicar suas ações ou é colocada sempre como culpada. “Ver se minha forma de lidar com o mundo e com as pessoas está sendo cerceada e se preciso sempre me justificar sobre o que quero para mim. Esses são alguns sinais de alerta para olharmos as relações de forma diferente”.

Tipos de violência

Há diversas outras manifestações de agressividade que estão, inclusive, previstas na Lei Maria da Penha. elenca:

  • Violência Patrimonial: quando o parceiro quebra objetos de trabalho, bens, roupas, documentos ou o celular, que é, além de um bem, a possibilidade de pedir ajuda para a família, amigos ou polícia;
  • Violência Moral: está no âmbito dos xingamentos, da calúnia, da difamação, da injúria e da exposição;
  • Violência Psicológica: intimidar, constranger, manipular, perseguir, explorar, inferiorizar e fazer a outra pessoa se sentir louca;
  • Violência Sexual: para além da visão do estupro, que no imaginário acontece em uma rua escura com um desconhecido, a opressão sexual se manifesta em obrigar a mulher a fazer qualquer ato que ela não queira, tirar a camisinha no meio da relação sem o consentimento, obrigá-la a modalidades de sexo que ela não queira, obrigá-la a ter relações usando a desculpa de que é o dever dela como esposa, impedir que ela tome contraceptivo, dentre outras atitudes.

Onde pedir ajuda?

Em Petrópolis, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM), funciona na Rua Santos Dumont, numero 100, em anexo ao Centro de Saúde Coletiva.

Outro espaço que cuida de mulheres em situação de violência é a Sala Lilás, do Hospital Alcides Carneiro (HAC). “Porém, enquanto a Sala Lilás atende as mulheres que sofreram agressões com o registro de ocorrência para o exame de corpo de delito, o CRAM atende todas as mulheres que buscarem ajuda. Então não é necessário ter ido à uma delegacia, apenas ter percebido a situação violenta e estar disposta a construir, junto com a equipe, um caminho para que ela saia dessa situação”, aconselha Suelen.

Foto: Divulgação

Pra anotar aí:

Polícia Militar – (24) 2291-4020

WhatsApp do CRAM – (24) 98839-7387

Centro de Referência em Atendimento à Mulher – (24) 2243-6152

Patrulha Maria da Penha – (24) 99229-2439

Sala Lilás – (24) 2246-8452

105ª DP – (24) 2291-0816/(24) 2291-0877

106ª DP – (24) 2222-7094/ (24) 2232-0135

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