Colonização e história: conheça bairros em Petrópolis que homenageiam regiões da Alemanha
Será que o bairro em que você mora é um deles?
Não é preciso ser nascido em Petrópolis para identificar as tantas referências à cultura germânica na cidade. Da arquitetura à religião e culinária, fato é que a forte presença alemã na colonização contribuiu – e muito – para a construção de tradições e hábitos perpetuados. Desafiadora, a vinda dos colonos para a região implicou na tomada de uma série de medidas para fazê-los sentir em casa. Uma delas a maneira como os quarteirões foram nomeados.
Foto: Reprodução/Internet
De acordo com informações disponibilizadas pela Turispetro, as dificuldades iniciais dos colonos foram múltiplas e implicaram, por exemplo, na compra de 200 cabras para alimentar as crianças, uma vez que as mães – por conta do cansaço e estresse da viagem – não conseguiam amamentar. No que diz respeito aos novos lares das famílias, a ideia do Major Koeler foi a de nomear os quarteirões após as regiões de origem dos colonos e, assim, facilitar sua adaptação.
Dessa forma, surgiram o Bingen, Castelânea (Kastellaun), Ingelheim, Mosela (Mosel), Nassau, Palatinato Superior, Palatinato Inferior, Renânia Central, Renânia Inferior, Siméria (Simmern) e Westfália. No mesmo contexto, homenageou a Família Imperial em dois quarteirões, Vila Imperial e Vila Teresa. Em 1854, Otto Reimarus, que continuou o trabalho de Koeler, criou os quarteirões de Darmstadt, Woerstadt, Worms e outros.
Algumas traduções:
Alemanha – Petrópolis
Kastellaun – Castelanea
Mosel – Mosela
Pfalz – Palatinato
Rheinland – Renanina
Simmern – Simeria
Westfalen – Westfalia
Wörrstadt – Woerstadt
Do que eram feitas as primeiras casas?
Segundo artigo publicado no portal Imigração Alemã em Petrópolis, de autoria do historiador Paulo Roberto Martins de Oliveira (in memoriam), no início da formação da Colônia a construção das primeiras habitações era feita a partir de materiais encontrados no próprio terreno. Em Relatório de 1854 do Diretor da Colônia, aponta-se que as construções dos colonos dividiam-se em três categorias: alvenaria, frontais de xadrez e pau a pique.
“A cobertura do telhado também se classificava em: telha (cerâmica), lousa e taboinha. Pelo relatório de Koeler a telha de zinco já era usada desde 1847 (talvez antes), porém acredita-se que o uso deste material nas casas dos colonos, acentuou-se a partir de 1855, substituindo por definitivo a palha e as taboinhas na maioria das casas”, relata o texto.
Depois de conhecer alguns dos bairros que carregam homenagem aos colonos, conta pra gente nos comentários se a região em que você mora é uma delas! =)
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