5 fatos e curiosidades sobre a Serra Velha da Estrela
RJ-107 é um dos caminhos de acesso mais antigos a Petrópolis
Antes da expansão da BR-040, que une os municípios de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Petrópolis, os turistas que buscavam visitar a Cidade Imperial tinham outra alternativa de caminho: a Serra Velha da Estrela.
Foto: Nicoli Rodrigues
Dividida entre Magé e Petrópolis, a Serra Velha, como é conhecida, existe desde 1840 e tinha o intuito de facilitar o trajeto da Família Real Portuguesa, que vinha da cidade do Rio de Janeiro para Petrópolis.
História
Aberta pelos colonos germânicos em 1840, três anos antes da fundação de Petrópolis, a Estrada Velha da Estrela serviu, durante um longo período, como principal caminho da Família Real Portuguesa quando se deslocava para a região, fugindo do calor do Rio de Janeiro. O caminho fez parte da Estrada Real, que liga Minas Gerais aos portos do Rio, mas hoje é apenas uma opção para quem quer fugir do trânsito da BR-040.
Antes da construção da Serra Velha, o caminho era bem mais longo. No chamado “Caminho Velho”, o ouro vinha para o Porto do Pilar, no fundo da Baia de Guanabara e levava cerca de 30 dias para completar seu destino. Com o Caminho Novo, o tempo foi reduzido para 10 dias e terminava no Porto de Mauá, em Magé.
Histórica, a RJ-107 conta com os totens demarcando o Caminho do Ouro e é, até hoje, requisitada por quem busca refazer os passos de Dom Pedro II e sentir a história do Brasil.
Foto: Nicoli Rodrigues
Trajeto
A Estrada tem cerca de 12 quilômetros e começa em Raiz da Serra, em Magé, aos pés da Indústria de Material Bélico do Brasil (Fábrica da Estrela), fundada em 1814, e se estende até o Alto da Serra.
A parte petropolitana começa no Meio da Serra, que cresceu ao redor da antiga Ferrovia. Lá, também existem as estruturas de uma antiga fábrica de tecidos. Para quem busca fazer as trilhas espalhadas pela subida, é possível ver os viadutos e detritos da antiga estrada de ferro.
Foto: Nicoli Rodrigues
Problemas
Durante muitos anos, a Serra Velha acabou sendo deixada de lado. Mesmo sem pedágios, a insegurança por conta dos buracos e curvas fechadas causava medo aos turistas, que encontravam na BR-040 uma alternativa mais segura para chegar até a Cidade Imperial.
Além disso, a falta de iluminação também é um problema no acesso, somado ao pouco policiamento da região.
Foto: Nicoli Rodrigues
A Serra Velha atualmente
Nos últimos meses, o trecho passou por várias intervenções do Governo do Estado. Ao todo, R$ 19 milhões foram gastos e incluíram revitalização da pavimentação de paralelepípedo, melhorias na drenagem e acréscimos de muros de contenção.
Foto: Nicoli Rodrigues
“Agora melhorou muito. Nós sofremos com isso todos os dias, buracos, falta de luz. Estamos melhores, mas precisa evoluir ainda mais. É um caminho lindo, cercado de natureza, mas estava muito pouco cuidado”, conta Marcelo Rodrigues, usuário da via.
A vista
Além de sua importância histórica, o velho caminho tenha, talvez, uma das mais deslumbrantes vistas do Rio de Janeiro. Em dias ensolarados, é possível ver toda a Baia de Guanabara, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, cartões postais cariocas.
Foto: Nicoli Rodrigues
Como acessar
Para acessar a Serra Velha, o motorista deve ir ao Alto da Serra. A descida fica logo após o BNH (Conjunto Habitacional) do bairro e é uma rota de fuga do trânsito da BR-040, mas não é recomendada para condutores iniciantes e em dias de forte chuva.
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