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Em meio ao trânsito intenso, cresce a busca por mototáxi em Petrópolis

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Em meio ao trânsito intenso, cresce a busca por mototáxi em Petrópolis

Nova opção faz com que moradores economizem tempo e dinheiro nos engarrafamentos

A mobilidade urbana em Petrópolis é debatida e questionada pelos moradores há algum tempo. Com o aumento da população e do fluxo de veículos, os moradores têm recorrido cada vez mais a modos menos tradicionais de locomoção, como é o caso dos mototáxis.

Foto: Carlos Costa

Rápida, a opção é uma alternativa para que a população fuja do trânsito e do caos urbano. De carro, na hora do rush (entre às 17h30 e 20h), o trajeto Centro-Bingen, por exemplo, pode levar de 40 minutos a uma hora.

De moto, o mesmo caminho consegue ser feito em, no máximo, 20 minutos, tornando o serviço atrativo, ainda mais se houver confiança no profissional.

Mototaxistas criam grupo para facilitar a locomoção

Enxergando a demanda, os mototaxistas de Petrópolis criaram um grupo no WhatsApp para facilitar o acesso dos petropolitanos ao serviço. Luciano Salgado, mais conhecido como Tiozão, criador do grupo, explicou que os trabalhadores atendem originalmente pelo aplicativo da 99 e, após enxergar o aumento da procura, se organizaram de maneira independente para trabalhar.

De acordo com o motociclista, uma corrida do Centro até Itaipava, na hora do rush, custa, em média, R$ 70.

Foto: Setranspetro

“Todos os membros do grupo se conhecem e são responsáveis. Só entram pessoas de confiança. Levamos cerca de 30 a 50 passageiros por dia, é uma alternativa diante desse trânsito inviável em Petrópolis”, conta.

Tiozão também comentou sobre a recepção da população à ideia que, de acordo com ele, tem sido positiva. Em fevereiro e março, os profissionais ficaram bastante conhecidos por ajudarem durante a tragédia, mas caíram no esquecimento meses depois.

“Após o que fizemos, voltamos ao normal. Não somos respeitados por todos, mas sempre ajudamos e buscamos melhorar para os nossos clientes, que gostaram da flexibilização do serviço. Queremos trabalhar formalmente, temos família. Precisamos do poder público para isso. Às vezes somos ‘esculachados’ por não querermos subir em prédios, isso não pode acontecer”, comenta.

Confiança da população

O estudante de direito Hiago Matos falou sobre a facilidade de locomoção com os mototaxistas, destacando a necessidade de confiar no motorista.

“É muito mais rápido. Tem dias que não tem condições de esperar o ônibus ou tempo para perder no trânsito, então tenho que recorrer às motos. Como já conheço a maioria deles, fica bem mais tranquilo. Tendo um piloto consciente, é uma opção que eu recomendo tranquilamente”, afirma.

Mobilidade urbana em Petrópolis

Os engarrafamentos já viraram parte do cotidiano dos petropolitanos e turistas que precisam se deslocar, em especial, para o centro da cidade ou Itaipava. A instabilidade do transporte público, a interdição de vias devido às chuvas de fevereiro e março e a grande frota de veículos na cidade, que segundo o Detran RJ chega a 189.860 automóveis, são alguns dos fatores que influenciam nesse problema.

Foto: TV Prefeito

Questionada pela Sou Petrópolis acerca da mobilidade urbana da cidade, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) disse que vem realizando ações para melhoria do trânsito por toda a cidade. A entidade informou que na última sexta-feira (9), foi retomada a mão única nas ruas Nelson de Sá Earp e Monsenhor Bacelar (reduzindo o tempo de viagem e diminuindo os impactos do trânsito no Centro Histórico). Trinta profissionais foram contratados para dar apoio ao tráfego, principalmente no período do Natal Imperial.

A CPTrans também informou que firmou um convênio com a Coppe/UFRJ para desenvolvimento de um diagnóstico sobre mobilidade urbana. Por meio do convênio, a Coppe fará estudos sobre os pontos de maior retenção no trânsito e também sobre o transporte urbano na cidade. Também está prevista para iniciar em breve a revisão da rede semafórica, iniciando pelos semáforos do Centro Histórico, visando a melhoria na locomoção dos petropolitanos.

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