Após 98 dias internado, petropolitano de 34 anos vence a Covid-19

O comerciante Maurício Neto Martins tem 34 anos e enfrentou uma batalha intensa contra a covid-19 neste ano: foram passou 98 dias de internação e quatro transferências de unidades de saúde.

Maurício teve alta no domingo (20). Ele ainda se sente cansado e enfrenta agora as sequelas da covid-19. Um dia de cada vez para o petropolitano que lutou bravamente contra o vírus que já matou mais de 500 mil pessoas no Brasil.

“Tô muito feliz! As pessoas que eu amo estão perto de mim. Tô sendo mimado um pouquinho”, disse Maurício já em casa e recebendo todo carinho e atenção da família.

Durante 45 dias, a família de Maurício ficou sem vê-lo. No último domingo (20), alta dele foi motivo de muita emoção e comemoração – Foto Arquivo Pessoal

Mayara Guidini é irmã do Maurício e contou um pouco do que passou durante o período em que ele esteve internado.

“Nossa vida parou e ele se tornou o nosso foco. Ficamos um mês e meio sem poder vê-lo, angustiados e com o coração na mão, mas nossa fé e esperança foram fortalecidas por Deus e todos os amigos em oração”, disse.

Segundo Mayara, cada boletim médico de melhora clínica de Maurício era comemorado. No dia da alta, a família foi tomada pela emoção.

“Era o momento mais esperado por todos nós! Nos sentimos abraçados por Deus. Somos muito gratos por este milagre e a toda equipe das unidades hospitalares pelas quais ele passou”, disse Mayara.

Internação

Durante o período em que esteve internado, a família enfrentou dias e noites de angústia. Maurício  tinha obesidade e precisou ser transferido quatro vezes.

De acordo com Mayara, ele deu entrada na UPA de Itaipava em 12 de março. Depois foi transferido para a UPA Cascatinha.

Quando o caso se agravou foi transferido mais uma vez. Agora para o Hospital Nossa Senhora Aparecida. Por fim, contraiu infecção hospitalar e precisou ser transferido novamente. Desta vez, para o Hospital Clínico de Corrêas (HCC).

No HCC teve ar e água no pulmão, precisou ir para a UTI de novo e foi levado para o hospital SMH-Beneficência Portuguesa.

Pós-covid

Agora Maurício enfrenta os desafios do pós-covid. Segundo a irmã, ele desenvolveu síndrome do confinamento e não está andando ainda. Ele também disse em áudio enviado à Sou Petrópolis que se sente muito cansado.

Agora em casa vai precisar passar pela fisioterapia, mas está feliz ao lado da família e já pode sonhar com o futuro após viver na pele tantos dias de incerteza.

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