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Jovem petropolitano tem alta após um mês internado com Covid-19: “estou reaprendendo a fazer tudo”

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Jovem petropolitano tem alta após um mês internado com Covid-19: “estou reaprendendo a fazer tudo”

Chef Riciê, de 32 anos, fala sobre o processo de recuperação e as incertezas ao ficar 24 dias na UTI

O chef de cozinha, Riciê Pereira Vasconcelos, recebeu alta do hospital no último dia 3 de junho. Diagnosticado com Covid-19 no início de maio, ele ficou 30 dias internado, sendo 24 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Teresa (HST). Aos 32 anos, ele comemora a volta para casa e fala sobre os desafios da fase de recuperação.

“Achei que fosse poder levantar da cama e voltar à vida normal e ainda na UTI vi que não seria tão simples assim. A gente perde mobilidade. Estou reaprendendo a fazer tudo: andar, falar, escrever. Tá tudo mais difícil agora”, conta.

Foto Arquivo Pessoal Riciê Vasconcelos

Quando acordou no hospital, após ser extubado, ele disse que não tinha noção do que tinha acontecido. Só com a redução da sedação e através das ligações com a família foi se dando conta do que passou.

“É como se eu tivesse dormido e acordado no dia seguinte, mas totalmente diferente. É angustiante. Você quer melhorar rápido e fica muito fragilizado”, disse referindo-se às limitações e sequelas da Covid-19

Foi ainda no quarto do hospital que Riciê voltou a dar os primeiros passos com a ajuda da mãe e quando foi para casa disse que foi “aquele chororô”. “Estavam todos ansiosos para eu voltar. E eu também”, afirma.

Nas redes sociais da sua doceria, em Bonsucesso, cada avanço na recuperação do chef Riciê era compartilhado com os seguidores da Sucré Pâtisserie, que vibravam por mais um passo que ele dava para a vitória contra a Covid-19.

Riciê faz alerta para os cuidados contra a Covid-19

Além disso, Riciê chama a atenção para que todos se protejam contra a Covid-19.

“Não dá para afrouxar agora. A gente precisa tentar se prevenir de todas as maneiras porque a gente não sabe o que pode acontecer com quem pega essa doença. A pessoa pode não ter nada ou parar na UTI e ficar entre a vida e a morte. O que podemos esperar é só que o máximo de pessoas sejam vacinadas o mais rapidamente possível”, diz.

Espera e angústia

Para quem estava aguardando as notícias de Riciê a espera também foi angustiante. Juntos há 13 anos, o namorado Leandro Santos diz que não deseja a ninguém passar por essa experiência.

“Foi um período tão incerto, um medo tão forte, é um sentimento de perda que realmente nunca havia sentido. Cada dia era uma agonia, era um passo pra frente, outro pra trás. A espera pelo boletim diário que às vezes não era o que esperávamos, uma angústia até a chamada de vídeo que ocorria diariamente, mas que poderia ser das 17h até as 22h. Durante esse período eu paralisava e não conseguia fazer mais nada”, relata.

Até que Riciê acordasse foram semanas que, segundo Leandro, pareciam meses. Mas no momento da alta, finalmente a alegria e o alívio.

“Fui direto pro hospital aguardar ele ir pro quarto. A sensação de poder estar perto da pessoa depois de tudo isso, depois de tanta coisa, é algo que realmente mexe com a gente e nos faz pensar tanta coisa. A partir dali você realmente acredita que agora as coisas melhoraram e que agora é questão de tempo”.

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