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Casos de Covid-19 em escolas reforçam necessidade da vacinação dos profissionais da Educação em Petrópolis

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Casos de Covid-19 em escolas reforçam necessidade da vacinação dos profissionais da Educação em Petrópolis

Menos de um mês após a retomada das aulas presenciais no modelo híbrido, pelo menos três escolas particulares já chegaram a suspender turmas após confirmações e/ou suspeitas de casos do novo coronavírus em alunos e profissionais da educação

A confirmação de casos de covid-19 em professores, funcionários e alunos menos de um mês após a retomada das aulas no modelo híbrido em Petrópolis é motivo de preocupação e reforça a necessidade da vacinação dos profissionais da Educação.

Segundo o Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Petrópolis (Sinpro), pelo menos três unidades já suspenderam as aulas nesse período curto de tempo da retomada após suspeitas de casos do novo coronavírus.

Foto Divulgação PMP

Em uma das escolas, em Itaipava, houve a confirmação do caso e as aulas estão suspensas, segundo o Sinpro.

Outra escola em Itaipava enviou comunicado para as famílias de duas turmas na quarta-feira (19) informando que um aluno estava com suspeita de covid-19 e, por este motivo, as aulas dessas turmas foram suspensas até o dia 31 de maio.

Já em uma unidade no Centro, o caso suspeito não foi confirmado e as aulas já foram retomadas.

No Bingen, houve um caso confirmado em uma funcionária do administrativo de uma escola. De acordo com a unidade, ela não tinha contato com os alunos e está afastada.

Nesta quinta (20) outra funcionária da escola se sentiu mal e também foi afastada. A unidade afirma que ela também não tinha contato com os estudantes e garante que segue todos os protocolos contra covid-19 da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Volta às aulas presenciais na cidade é “inadmissível”, diz Sinpro

Para o Sinpro, é “inadmissível que o poder público ache aceitável a possibilidade de se perder vidas por justificativa econômica, mesmo que seja social, em prol da reabertura das unidades escolares na cidade”.

O Sinpro afirma que a situação já era esperada pelo setor diante da persistência da crise sanitária  e reforça que junto ao Sepe Petrópolis segue observando de forma atenta os possíveis casos de contaminação em ambiente escolar.

Retorno precipitado sem a vacinação

A Liga dos Educadores também se manifestou sobre os casos de covid-19 nas escolas ressaltando que o retorno às aulas presenciais na cidade é prematuro tendo em vista o quadro epidemiológico – a retomada ocorreu após o mês em que houve maior registro de mortes por covid-19 na cidade, média de 9 óbitos por dia em abril – e afirma ser a favor das aulas remotas até que todos os profissionais da educação sejam vacinados.

“Recebemos sem nenhuma surpresa, mas com muita comoção, as notícias de que colegas professores e funcionários de escolas apresentaram resultado positivo nos testes para o novo coronavírus. Destacamos que isso ocorre apenas duas semanas após o retorno presencial. E, levando-se em conta que o tempo de incubação do Sars-cov2 possui intervalo de 5 a 12 dias, parece haver clara relação entre a contaminação dos profissionais e o retorno presencial às escolas”, informa a Liga dos Educadores por meio de nota.

Para os professores que compõem o movimento, a retomada das aulas presenciais contraria os inúmeros alertas de especialistas que denunciavam o despreparo e inadequação das escolas para garantir segurança sanitária às pessoas que seriam expostas ao risco de contágio.

“Essa medida traz risco real à vida dos trabalhadores do setor. Sem vacinação em massa não haverá segurança sanitária para qualquer interação social, sobretudo em ambiente fechado”, destacam.

Selo Escola segura

Questionada pela Sou Petrópolis, a Secretaria Municipal de Educação disse que continua fiscalizando as escolas que receberam o selo “Escola Segura”, sendo autorizadas a retomar as aulas. Porém, não informou quantas unidades já confirmaram casos de covid-19 e tiveram aulas suspensas. Ao todo, são 42 unidades com o selo de 63 que já foram vistoriadas.

O município também foi perguntado com relação à vacinação dos profissionais de saúde e não respondeu até o fechamento desta matéria.

Foto Divulgação PMP

A Prefeitura se limitou a dizer que as escolas que voltaram com o atendimento presencial devem seguir rigorosamente todos os protocolos sanitários indicados pela Vigilância Epidemiológica e que as escolas que tiverem confirmação de casos de covid entre funcionários devem suspender o atendimento, conforme está apontado no plano de retorno às atividades presenciais.

Segundo o município, o fato também deverá ser informado imediatamente ou no máximo em 24h para a Coordenação da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde pelo telefone 2246-6797 e pelo telefone de plantão no final de semana que é o 99250-5107”.

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