Você sabia que as árvores centenárias do Centro são patrimônio histórico de Petrópolis?
São 2.395 árvores, em 16 ruas, que fortalecem vínculos da sociedade petropolitana com o ambiente
Os prédios e casarões no Centro Histórico, dos séculos passados, deixaram como herança a beleza de uma arquitetura ímpar que continuam conquistando turistas e petropolitanos. O que poucos devem saber é que as árvores centenárias, que compõem a paisagem de algumas ruas de Petrópolis, fazem parte do conjunto de patrimônio paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Fotos: reprodução instagram @lalyrangel – @ana.sky.walking
Danielle Inocencio, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), explica que as demandas paisagísticas, em cidades que têm áreas tombadas, transcendem questões estéticas e funcionais. Com isso, tendem a consagrar paisagens que revelam o tempo da cidade e reforçam as características de uma cultura paisagística que, ao longo da sua história, potencializou a criação de marcos simbólicos.
Fotos: reprodução instagram @tourcomcamila – @ana.sky.walking
Em Petrópolis, essas relações ganham maior complexidade com as 2.395 árvores, em 16 vias, que além das tradições históricas e culturais, ampliam e fortalecem vínculos da sociedade petropolitana com o ambiente.
Veja por onde elas estão:
- Avenida Koeller
- Avenida Tiradentes
- Rua da Imperatriz
- Bosque do Imperador
- Rua Raul de Leoni
- Avenida Ipiranga
- Praça da Confluência
- Avenida Piabanha (Presidente Kennedy)
- Rua Montecaseros (entre Paulino Afonso e Piabanha)
- Praça da Liberdade
- Rua Barão do Amazonas
- Rua Monsenhor Bacelar
- Rua Benjamin Constant (até UCP)
- Rua Visconde de Souza Franco
- Rua Buarque de Macedo
- Rua Doutor Sá Earp (entre Visconde da Penha e Visconde de Souza Franco)
Inventário do Arboreto
A UCP foi a responsável pelo Inventário do Arboreto Público do Centro Histórico de Petrópolis. O documento foi elaborado no ano de 2019.
As árvores foram catalogadas em tabelas botânicas que contém nome científico, nome popular e o diâmetro do tronco, que estima a idade da árvore.
Fotos: reprodução – arquivos Sou Petrópolis
Além disso, as que foram catalogadas têm um código, que é em função do nome da via, e uma numeração sequenciada de acordo com a sua localização. Elas também foram medidas metricamente baseada na base cadastral aerofotogramétrica da prefeitura, datada do final da década de 90.
“As árvores são, indiscutivelmente, seres vivos fundamentais para inúmeros benefícios para a qualidade de vida nas cidades. Cabe a cada cidadão proteger as árvores. Devemos reconhecer o privilégio que temos de poder viver numa cidade arborizada e onde há instrumentos jurídicos que garantam a preservação”, pontua Danielle Inocencio.
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