Quem é o Neylor do Morro do Neylor? Conheça a história por trás do nome de 9 localidades de Petrópolis
Morro do Alemão, Morro do Neylor, Morro da Oficina. Você pode até não conhecê-los, mas certamente já ouviu falar neles e, provavelmente, já se perguntou: qual é a história por trás desses nomes?
Em parceria com o blog Petrópolis Sob Lentes fomos atrás das misteriosas origens dos nomes de algumas comunidades que nos cercam e, acredite, o resultado é uma verdadeira aula de história.
* Todas as fotos aéreas foram produzidas pelo Serra Drone.
1. Cantinho da Esperança
Não é novidade que em período eleitoral o que não faltam são promessas de políticos e uma boa dose de sarcasmo por parte dos eleitores. No Cantinho da Esperança não poderia ser diferente. De acordo com o livro ‘O outro lado de Petrópolis’, lançado em 1986 pela Prefeitura, o Cantinho da Esperança, localizado no Atílio Marotti, foi nomeado pelos próprios moradores que costumavam se reunir lá para ouvir as promessas dos candidatos e acabaram descrentes com o poder público.
Foto Serra Drone
2. Morro do Neylor
Como o próprio nome sugere, Neylor era o proprietário da área de cerca de 55 mil m² no Quarteirão Brasileiro e de uma casa que ficava na base do morro. Segundo a obra ‘O outro lado de Petrópolis’, seu primeiro nome era Edgar e, durante conversa com o arquiteto e fotógrafo Helcio Mano, que afirma que sua avó materna era prima de Neylor, descobrimos uma fotografia de 1928 em que ele aparece. Preparados para, enfim, conhecê-lo?
Foto Helcio Mano
De acordo com Helcio, Neylor é quem conduz a charrete na imagem, sendo o primeiro à esquerda.
Foto Serra Drone
3. Morro da Oficina
A denominação remete aos tempos em que Petrópolis ainda era atravessada pela linha de ferro, mais precisamente, à época em que a estrada parava no Alto da Serra, e não na Rua Doutor Porciúncula, no Centro. Nesse meio tempo, era lá que os vagões sofriam reparos e as locomotivas eram atendidas, daí o nome de ‘Morro da Oficina’, explicou o querido professor Jeronymo Ferreira Alves Netto, falecido em novembro de 2019.
Foto Serra Drone
4. Morro do Vai Quem Quer
Localizado no final da Rua Vital Brasil, no bairro São Sebastião, o morro do Vai Quem Quer está intimamente ligado às enchentes de 1966. De acordo com informações extraídas de ‘O outro lado de Petrópolis’, os desabrigados pela tragédia precisaram se mudar para a região a que o prefeito da época se referiu como ‘para lá, vai quem quer’. Abaixo, uma visão atual da localidade.
Foto Serra Drone
5. Morro do Alemão
Situado a cinco quilômetros do Centro de Petrópolis, o local, conforme descrito em ‘O outro lado de Petrópolis’, teria começado a ser ocupado após a Segunda Guerra Mundial, quando o alemão Werner Frank, detentor da propriedade, teria desaparecido. O local, no ano em que o citado livro foi lançado, ainda estava registrado em seu nome e, se depender da vontade do povo, nunca deixará de ser ‘do Alemão’.
Foto Serra Drone
6. Doutor Thouzet
Já dizia aquele ditado: ‘plante o bem, que o resto vem’. De acordo com o professor Jeronymo Ferreira Alves Netto, a comunidade leva o nome do médico francês que se dispôs a cuidar dos doentes numa época em que a cidade foi afetada por uma epidemia, sem deles cobrar nada. Altruísta, o imigrante era também responsável por um hospital que atendia escravos na Rua Ipiranga.
7. Cascatinha
Hoje caracterizada pelo antigo prédio da Companhia Petropolitana de Tecidos, a origem do termo ‘Cascatinha’ remete, justamente, à queda d’água que fez da região sede da maior indústria têxtil do Brasil. Afinal, foi utilizando-a como força motriz que o empreendimento se instalou na localidade. Cá entre nós, de pequena essa cascata não tem nada!
8. Vale do Sumidouro
O nome é quase que autoexplicativo. Situado em Itaipava, o vale foi apelidado após a profundidade do rio repleto de pedras que o atravessa. Segundo o professor Jeronymo, houve acidentes na região com carros movidos a cavalo e automóveis que lá caíram e desapareceram. Daí o chamado ‘sumidouro’.
9. Pedro do Rio
Um pouco mais afastado do Centro, Pedro do Rio é caracterizado por seus hábitos do ‘interior’, começando por sua denominação. Como explicou o professor Jeronymo, na região havia dois homens chamados de Pedro e, como se não bastasse, ambos eram comerciantes: um detinha um armazém próximo ao Rio Piabanha e, o outro, no Alto do Pegado. Na tentativa de diferenciá-los, foram chamados de Pedro do Alto e do Rio.
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