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Petrópolis apresenta queda de 15,8% na abertura de novas empresas em 2022

Negócios

Petrópolis apresenta queda de 15,8% na abertura de novas empresas em 2022

MEI representam 80% dos registros realizados neste ano

Dados do Mapa das Empresas apontam que, de janeiro a novembro de 2022, Petrópolis apresentou uma queda de 17,7% e de 7,5% na abertura de Micro Empreendedor Individual (MEI) e de outras modalidades de empresas, respectivamente, quando comparado com o mesmo período de 2021.

Os números a nível nacional também apresentaram diminuição, entre 4% e 4,4%, porém, estão consideravelmente melhores do que os do município.

Rua 16 de março – Foto: Arquivos Sou

De acordo com o economista e mestrando no programa de pós-graduação em Economia Regional e Desenvolvimento na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Juan Campos, isso acontece porque as tragédias em Petrópolis tornaram baixas as expectativas dos empresários em relação aos seus negócios na cidade.

“Tanto no país quanto em Petrópolis há uma fraca demanda. As pessoas não têm renda suficiente para comprar os bens e serviços que estão sendo ofertados e esse desequilíbrio torna insustentável a abertura de mais empreendimentos”, comenta.

Foto: @maridcrocha

MEI

Ao todo, 6.085 novas empresas foram registradas neste período em Petrópolis. Destas, 4.874 na categoria MEI (80,1%) e 1.211 nas demais (19,9%). Para Juan, essa expressiva superioridade no número de Microempreendedores Individuais se deve à alta do desemprego e à flexibilização das leis trabalhistas.

“A falta de emprego faz com que as pessoas procurem uma nova forma de terem renda. Muitas procuram abrir seu próprio negócio e, para não estarem na ilegalidade, fazem o MEI, mesmo que o pequeno negócio não esteja dando tanto lucro”, relata.

Foto Divulgação

Das mais de 40 mil empresas ativas na cidade, mais da metade, 27 mil, são MEI. “Isso acontece também pela flexibilização na contratação de funcionários, quando algumas empresas contratam pelo MEI ao invés da CLT. Essas duas ondas fazem com que, em curto prazo, o Governo diminua suas receitas e, em médio prazo, os trabalhadores podem não manter alguns de seus direitos”, finaliza.

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