Connect with us

Março é o mês com maior número de óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia em Petrópolis

Cidade

Março é o mês com maior número de óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia em Petrópolis

Neste mês Petrópolis também bateu recorde de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos.

O Brasil registrou em março o maior número de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, e em Petrópolis não foi diferente. Até terça-feira (30) o painel de monitoramento da doença mostrou que 120 pessoas perderam a luta para o novo coronavírus esse mês no município. Além disso, o exame laboratorial de mais 37 óbitos segue em análise, então pode ser que esse número seja ainda maior.

Todos as informações do Painel de Monitoramento da prefeitura são com base em dados da Secretaria de Saúde, exclusivamente, sobre moradores de Petrópolis. Pessoas de outros municípios não entram nas estatísticas da epidemiologia – Foto Reprodução/Painel de Monitoramento Covid-19

A faixa etária predominante nos registros de óbitos continua sendo acima de 60 anos de idade, principalmente entre idosos que apresentam algum tipo de comorbidade. Desde o início da pandemia, a Covid-19 já fez 687 vítimas em Petrópolis, sendo que 542 pessoas eram idosas.

Recorde de mortes por Covid-19 entre jovens e adultos

Março também bateu recorde de mortes entre jovens e adultos em Petrópolis. Neste mês, dos 120 óbitos registrados até agora, 30 tinham menos de 60 anos de idade: quatro de 30 a 39 anos; doze de 40 a 49 anos; e quatorze pacientes de 50 a 59 anos. Em janeiro de 2021 — segundo mês com maior número de óbitos por Covid-19 — o município registrou 19 vítimas fatais com menos de 60 anos.

O reflexo de mais jovens precisando de assistência médica logo foi sentido nas unidades de saúde de Petrópolis. Nesta terça-feira (30), as UTIs do SUS atingiram 99% de ocupação em meio a um cenário preocupante, com possível falta de leitos e médicos para atender a alta demanda de pacientes infectados pelo vírus.

Na opinião do médico infectologista Dr. Marco Liserre, a maior exposição dos jovens é o que vem fazendo com que eles precisem cada vez mais de assistência médica para tratar complicações da Covid-19: “Isso está acontecendo porque os jovens vêm se expondo muito mais e lidando com a pandemia através do enfretamento, sem ter responsabilidade. É aquela necessidade de sair, de se divertir… Os efeitos disso são mais casos de Covid-19 entre jovens. A pandemia está vindo avassaladora, bem diferente das primeiras etapas. Eu acredito que isso se deve às aglomerações e às novas variantes”, explica.

Especialistas fazem apelo para que a população reforce todas as medidas restritivas

À beira do colapso, médicos e diretores de hospitais se uniram para fazer um apelo à população e pedir para que respeitem as novas medidas restritivas. “Se as pessoas não ajudarem, a rede de saúde não vai suportar. As pessoas que precisarem de atendimento não vão encontrar nem na rede pública nem na rede privada. Não é hora de sair com os amigos. Não é hora de promover nem participar de festas. As pessoas precisam ficar em casa”, pediu o infectologista José Henrique Castrioto de Cunto.

Representando o Hospital Santa Teresa, Leonardo Menezes frisou a importância da união de forças da sociedade para que a cidade consiga superar este momento difícil. “É hora de pararmos. Precisamos de um freio. A situação está se agravando. Hoje, ter leitos não significa que vamos salvar vidas”, lamentou.

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir