UNIFASE cria projeto pioneiro que vai ajudar os moradores de áreas de risco em Petrópolis
Intitulado “Comunidade que cuida da vida”, o projeto prevê a coleta de dados específicos sobre as famílias dessas áreas, contribuindo para avanços na percepção de riscos pela comunidade e o aprimoramento das ações visando a orientação dos moradores
Equipes das Unidades de Saúde da Família geridas pelo Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) tiveram, nas últimas semanas, três primeiros encontros com técnicos da Defesa Civil Municipal para o desenvolvimento de um projeto pioneiro que visa o detalhamento do mapa participativo de áreas de risco do município.
Foto: divulgação
O projeto piloto intitulado “Comunidade que cuida da vida”, que aconteceu na Estrada da Saudade, Machado Fagundes, Boa Vista e Nova Cascatinha, prevê a coleta de dados específicos sobre as famílias dessas áreas, contribuindo para avanços na percepção de riscos pela comunidade e o aprimoramento das ações visando a orientação dos moradores.
Importância do projeto
Professora da UNIFASE/FMP, Lívia Teixeira, que é supervisora das cinco equipes de Unidades de Saúde da Família geridas pela UNIFASE/FMP explica que, com o aprimoramento da coleta de dados a partir do projeto da instituição, será possível, por exemplo, mapear casos específicos de acamados, pessoas com dificuldades de locomoção e outras especificidades, indicando a necessidade de ações adicionais para remoção destas pessoas em casos de condições – sejam meteorológicas ou geológicas – que exijam a saída de suas casas.
“A UNIFASE/FMP incluiu no currículo de seus cursos a temática ambiental, estimulando pesquisas e ações voltadas à sustentabilidade e à redução de riscos de desastres. Sendo assim, estamos levando esta questão também aos nossos Postos de Saúde da Família, com nossas equipes e alunos em trabalhos de campo. Neste primeiro momento, a atenção está voltada à capacitação das nossas equipes, com enfermeiros, técnicos, agentes comunitários e outros, tratando do mapeamento participativo e identificação de risco”, detalhou.
O trabalho de campo será iniciado com as duas equipes de Estratégia de Saúde da Família da Estrada da Saudade, que já passaram também por treinamento para inserção dos dados no mapa digital de risco. “Vamos fazer o mapa de risco e apontar as unidades sensíveis a desastres e também às ondas de calor. Vamos identificar domiciliados, acamados, pontos de apoio e rotas de fuga, contribuindo de forma decisiva para esse grande mapa que norteia as ações do poder público”, frisou.
Foto: divulgação
Próximos passos
A expectativa é que a coleta de dados na Estrada da Saudade seja concluída até o início de agosto, abrindo espaço para o mapeamento em uma nova área, dentre as alcançadas pelas equipes de Saúde da Família da UNIFASE/FMP. A segunda etapa está prevista para a região de Machado Fagundes.
Além das equipes de território dos PSF’s e da Defesa Civil, também participaram do primeiro encontro representantes do Ministério Público Estadual, Fiocruz, e SOS Serra.