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Confira tudo o que você precisa saber sobre a dengue em Petrópolis

Saúde

Confira tudo o que você precisa saber sobre a dengue em Petrópolis

Casos da doença no município duplicaram nas últimas semanas. Veja onde são oferecidos atendimentos médicos e testes na cidade

Dados da Coordenadoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, apontam que os casos de dengue em Petrópolis duplicaram nas últimas duas semanas. Até 6 de fevereiro, foram 137 petropolitanos positivados com o vírus. Até a última sexta-feira (23), foram confirmados 280 casos. Em 17 dias, novos 143 atendimentos pela doença foram registrados.

Foto: Pixabay

Sintomas da doença

O médico infectologista Luiz Arnaldo, do Hospital Municipal Doutor Nelson de Sá Earp, explica que, geralmente, a primeira manifestação da doença é a febre. 

“A dengue é uma doença febril aguda, onde o paciente apresenta febre alta, que dura de três a cinco dias, no máximo, além de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, podendo apresentar também manchas vermelhas. Quando a febre vai embora é um período em que o paciente deve ter muita atenção. Porque neste momento pode ocorrer manifestações graves relacionadas à Dengue, no caso de dor na barriga, principalmente acima do umbigo, vômito e a negação a ingestão de líquido e qualquer tipo de sangramento, pelo nariz, ao escovar os dentes, ao urinar e evacuar”. 

Tratamento da dengue

Em relação ao tratamento da doença, o infectologista destaca o aumento da ingestão hídrica e sempre procurar uma unidade de saúde.

Testes de dengue

Em Petrópolis, a orientação da Secretaria de Saúde é que os pacientes com suspeita de dengue devem se dirigir às unidades de emergência, como as Unidades de Pronto Atendimentos UPAS (Centro, Cascatinha e Itaipava), ou Pronto Socorro do Hospital Leônidas Sampaio. Por determinação do Estado, os exames deverão ser realizados em casos suspeitos de arboviroses que se enquadrem nas seguintes condições: casos graves, gestantes, crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 65 anos e portadores de comorbidades.

Também na cidade, o Hospital Unimed e o Hospital Santa Teresa realizam os testes. Assim como a rede de farmácias Raia. Para isso, os pacientes com sintomas da doença devem fazer o agendamento do teste, que fica pronto em 15 minutos.

Ações contra a dengue em Petrópolis

O Comitê Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses intensificou as ações de controle e mobilização para o combate à Dengue em Petrópolis. Entre as medidas, está a realização do Dia D, marcado para 2 de março. O objetivo é sensibilizar a população sobre a necessidade da união contra a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Segundo a prefeitura, a Comdep, em parceria com a Defesa Civil, promoverá uma ação junto aos acumuladores de resíduos sólidos, como ferros-velhos, restos de construção civil, entre outros, para a eliminação de criadouros do mosquito.

Petrópolis não terá vacinação contra dengue em 2024

Mesmo com a alta de casos de dengue nas últimas semanas, Petrópolis não receberá as doses de vacinas contra a doença neste ano. Segundo a Prefeitura, o Ministério da Saúde estipulou como critério para o envio das vacinas municípios de grande porte com maior número de casos. No Estado do Rio de Janeiro foram selecionados os municípios da Região Metropolitana I – Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Mesquita e Tanguá. A previsão é que sejam entregues mais doses ao longo do ano, até dezembro. 

Alerta sobre automedicação

Para quem está com algum dos sintomas da doença, a orientação é não se automedicar. A farmacêutica Kátia Tichota explica que alguns fármacos, como os anti-inflamatórios não esteroides, podem agravar complicações da doença, como hemorragias. A automedicação pode também levar à subestimação da gravidade do quadro.

“A automedicação apresenta sérios riscos à saúde e, em caso de dengue, não é diferente. Os sintomas podem ser mascarados pelos medicamentos utilizados, dificultando o diagnóstico preciso”, explica a profissional, que também é professora do curso de Farmácia da Estácio.

De acordo com a farmacêutica, em alguns casos, a automedicação em pacientes com dengue pode levar, inclusive, a óbito.

“A automedicação na dengue pode ter consequências fatais. A subestimação da gravidade da doença e o uso inadequado de medicamentos podem agravar os sintomas, levando a complicações sérias, como o choque hemorrágico, que pode resultar em óbito. Portanto, é necessário que qualquer suspeita de dengue seja prontamente avaliada por profissionais de saúde”, alerta. 

Diante da suspeita de ter sido picado pelo Aedes aegypti, ela explica que o correto é procurar atendimento médico imediatamente. A orientação é não se automedicar e relatar ao profissional de saúde todos os sintomas e detalhes relevantes. Exames laboratoriais específicos podem confirmar a presença do vírus da dengue e auxiliar no diagnóstico diferencial com outras enfermidades.

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