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Petrópolis registrou mais de 5 mil casos de Covid em 2023; especialista esclarece dúvidas sobre vacinação

Saúde

Petrópolis registrou mais de 5 mil casos de Covid em 2023; especialista esclarece dúvidas sobre vacinação

Professor da UNIFASE explica sazonalidade da doença, como funcionará o esquema de vacinação em 2024, medidas de precaução e muito mais!

Dados do painel de monitoramento da covid-19 apontam que, em 2023, Petrópolis registrou mais de cinco mil casos da doença, com 46 óbitos. Tendo em vista estes números, é possível afirmar que não se vive mais uma pandemia? Como a vacinação funcionará daqui pra frente? A Sou Petrópolis conversou com o infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), Felipe Moliterno, para esclarecer essa e outras dúvidas.

Foto @fuipra_rua

Sazonalidade

A pesquisa aponta que os picos de disseminação da doença foram em março e outubro, com pouco mais de 1.400 casos em cada um dos meses. Janeiro e fevereiro tiveram média de 300 confirmações; abril, maio, junho e julho, cerca de 50 cada; setembro, 500; novembro, 700; e dezembro 130. O que pode explicar o aumento em março e outubro?

Felipe Moliterno, esclarece que ainda não foi identificada uma sazonalidade, ou seja, uma época específica para que aumentem os casos de covid.

“Mas em março é o início do outono. Quando começa a esfriar no Hemisfério Sul, percebemos um aumento no número de casos, pois é uma época que se iniciam as estações com temperaturas mais baixa e surgem mais casos de síndromes respiratórias. Nessa época, há maior aglomeração, permanência em locais mais fechados, o que propicia maior contagio”, acrescenta.

Já em outubro, é quando se iniciam as estações mais frias no Hemisfério norte. “Após o fim da pandemia, fluxo de pessoas em viagens internacionais voltou ao normal. Em todos os períodos do ano, temos muitas pessoas que viajam para o Hemisfério Norte e acabam trazendo o vírus, pois há maior número de casos da doença lá nessa época do ano”.

O especialista afirma que ainda é muito cedo para dizer com que frequência ou intensidade acontecerão esses aumentos de casos. “É um vírus que estamos estudando para entender, pois faz pouco tempo que tivemos o primeiro contato com essa doença”.

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Pandemia

Ao todo, no ano passado, foram 38.875 notificações, 5.658 casos confirmados e 46 óbitos. Já em 2022 foram 43.650 casos confirmados e 166 óbitos. Uma queda de 76% nas mortes e de 87% no número de testes positivos. Será que ainda vivemos uma pandemia?

Conforme declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio de 2023, o mundo não vive mais uma pandemia. Também não é o caso de uma epidemia, que é quando ocorre um número de casos muito elevado. “Normalmente acima de dois padrões da média normal para aquela época do ano em determinado local. Então, isso não tem mais acontecido, ficou quase que endêmico, circulando como outras viroses respiratórias ocorrem”, esclarece o profissional.

Teste de covid-19 molecular RT-PCR / Foto Reprodução Internet

Vacinação

O Vacinômetro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que mostra quantas pessoas já se vacinaram contra a covid-19 em Petrópolis, foi atualizado pela última vez no dia 8 de janeiro de 2024, e aponta que apenas 28,69% do público-alvo marcou presença nos postos de vacinação para receber a segunda dose de reforço, também chamada de quarta dose.

A popularmente conhecida como terceira dose, ou dose de reforço, teve cobertura de 77,11%. Já a primeira e segunda dose tiveram, respectivamente, 90,54% e 87,84%.

Ao ser questionado sobre como irá funcionar a vacinação de agora em diante, o professor da UNIFASE explica que a vacina contra a covid-19 para os grupos de risco, ou seja, as pessoas com comorbidades, a princípio deve ser anual, como um reforço contra a doença.

“Pelo menos é o que está previsto para acontecer este ano. Menores de 5 anos, cardiopatias, enfim, todas as condições crônicas que já tenham um hall bem determinado. A princípio, este grupo deve receber a vacina no calendário anual, mas temos que aguardar, pois é um vírus novo, que aconteceu nos últimos três anos e ainda estamos conhecendo e aprendendo a lidar”.

Foto: Divulgação/pmp

Já na pediatria, ainda não há reforço determinado para a bivalente da Pfizer para menores de 12 anos, nem com comorbidades. “Isso é algo que ainda está em avaliação na Anvisa e, provavelmente, será uma novidade ao longo do ano para que ocorra esse reforço com a bivalente para essas faixas etárias escolares e até pré-escolares”.

Moliterno salienta que a vacina covid Baby da Pfizer entrou no Programa Nacional de Imunização, fazendo parte do programa a partir dos seis meses, com as três doses: seis, sete e 9 meses de vida do bebê, que é recomendada e exigido que seja respeitada, assim como todas as outras vacinas do Programa Nacional de Imunização.

Foto: vinhedo.sp.gov.br

Medidas de precauções

O Painel de Monitoramento da covid-19 aponta ainda que as localidades onde mais foram confirmados casos da doença são também os maiores distritos e centros comerciais. Confira o ranking:

1° Centro (473)
2° Itaipava (366)
3° Corrêas (339)
4° Quitandinha (320)
5° Mosela (271)
6° Pedro do Rio (208)
7° Cascatinha (205)
8° Alto da Serra (191)
9° Posse (164)
10° Castelânea (159)

Por isso, as recomendações de prevenção continuam as mesmas: a higienização das mãos e o uso de máscaras em locais de aglomeração. Para Felipe, mais do que nunca, as pessoas precisam manter suas vacinas atualizadas. Nos momentos de maior prevalência de casos da doença, é preciso evitar locais aglomerados e ambientes fechados.

Foto: Henry Kappaun

“Caso a pessoa apresente uma síndrome respiratória, que ela deve ter a iniciativa de se ausentar de ambientes públicos, usar a máscara de proteção e fazer o teste para identificar se é covid-19. Caso esteja sintomático e com covid positiva, as pessoas devem permanecer isoladas por pelo menos sete dias e procurar um médico de referência para que ele possa fazer as recomendações e traçar toda a linha de cuidado necessária. Se cuidar é sempre a melhor prevenção. E cuidar para que outras pessoas não sejam contaminadas, é um ato de cidadania que dever ser exercido por todos nós”, finaliza.

Postos de vacinação

A Prefeitura informou que a vacinação contra a Covid-19 é feita em todas as salas de vacina do município. No caso da Pfizer baby (pediátrica), as vacinas são ofertadas nas salas do Centro de Saúde Coletiva e na UBS Itaipava.

  • UBS QUITANDINHA – 08h30 às 19h segunda à sexta
  • UBS MORIN – 08h30 às 19h30 terça e quinta e 08h30 às 16h30 segunda, quarta e sexta
  • UBS MOSELA – Segunda, quarta e sexta – 08H30 às 19h e terça e quinta – 08h30 às 16h30
  • UBS ARARAS – 07h30 às 15h30 segunda à sexta
  • UBS PEDRO DO RIO – 08h às 16h segunda à sexta
  • UBS ITAIPAVA – 08h30 às 16h30 segunda , quarta e sexta; 08h30 às 19h terça e quinta
  • UBS ALTO INDEPENDÊNCIA – 08h30 às 16h30 segunda à sexta
  • CENTRO DE SAÚDE COLETIVA – 08h às 16h30 terça, quinta e sexta; 08h -16h30 e 17h-19h30 segunda e quarta
  • CENTRO DE SAÚDE ITAMARATI – 08h30 às 19h30 segunda à sexta
  • PSF POSSE – 08h às 16h segunda à sexta
  • AMBULATÓRIO ESCOLA- FMP/FASE – 08h às 16h segunda à sexta
  • AMBULATÓRIO DO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO – 08h30 às 16h30 segunda à sexta
  • UBS RETIRO – 08h30 às 19h30 segunda à sexta
  • UBS BAIRRO DA GLÓRIA – 08h30 às 16h30 segunda à sexta
  • UBS VICENZO RIVETTI – 08h30 às 16h30 segunda à sexta

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