Projeto audivisual realiza ‘audições culturais’ para divulgar artistas petropolitanos
Gravado na Livraria Nobel com a presença de quatro nomes da cena cultural de Petrópolis, “Arte para adiar o fim do mundo” está disponível no YouTube
Petrópolis é uma cidade repleta de grandes talentos, mas que, muitas vezes, não recebem a visibilidade que merecem. Pensando em trazer luz sobre esses artistas e valorizar a cultura petropolitana, o projeto “Arte para adiar o fim do mundo” produziu uma série audiovisual de quatro episódios com audições de artistas petropolitanos.
Fotos: @thaynadelgado
Disponível no YouTube, o projeto foi gravado na Livraria Nobel e teve como inspiração para seu nome o livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton Krenak. O produtor da ação, Felipe Hutter, conta que o pontapé inicial para a iniciativa foram as chuvas de 2022, que invadiram o subsolo da livraria, causando um prejuízo de mais de 14 mil livros perdidos.
“Aquela imagem da pilha de livros destruídos em frente à livraria rodou o mundo e comoveu bastante a comunidade literária e os amantes da cultura. Desde então, converso com o Amauri Madeira e a Sandra Madeira, donos da livraria, e o músico e produtor Breno Morais, sobre promover outras formas de arte dentro da livraria, afim de atrair mais público para o espaço e incentivar a leitura”, explica.
Foto: Arquivo Pessoal Amauri Madeira
Onde assistir?
Assim, eles decidiram fazer uma série de audições artísticas, tendo como palco a Nobel. Nesta primeira temporada foram publicados quatro episódios, realizados com recursos da Lei Paulo Gustavo, através de edital promovido pela Secretaria de Cultura de Petrópolis.
Os episódios já estão disponíveis no canal “Arte para adiar o fim do mundo”, no YouTube, clicando aqui. O programa também pode ser acompanhado pelo Instagram @arteparaadiarofimdomundo.
Fotos: @thaynadelgado
“A curadoria artística foi feita pelo músico e produtor petropolitano Breno Morais, e buscamos abranger o maior número de públicos possíveis. Música instrumental, através do chorinho do grupo Taruíra, MPB do duo Duas em Ponto, rap e hiphop de Nega Preto, e contação de histórias infantis com a Hora do Conto, de Alaíde Guedes, projeto que já existe na Nobel há mais de 20 anos”, comenta Felipe.
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Fotos: @thaynadelgado
Resistência artística
O projeto é inspirado na série mundial Tiny Desk Concerts, onde apresentações musicais são apresentadas pela NPR Music, dentro de um escritório em Washington DC, nos Estados Unidos. Para Felipe, o “Arte para adiar o fim do mundo” promove a rica cena cultural petropolitana, com artistas já consagrados e outros buscando seu espaço no cenário artístico da cidade e do mundo.
Fotos: @thaynadelgado
“Eu considero esse projeto repleto de significados, desde um grito de resistência de uma livraria que se recusou a fechar as portas diante de uma tragédia sem precedentes, que não só ressurge promovendo outras manifestações artísticas dentro do seu espaço além da literatura, como também uma forma de agradecimento à comunidade literária, ao mercado livreiro e aos mais de 100 voluntários que trabalharam para que a livraria se recuperasse”, finaliza.
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