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Por trás dos monumentos: quem é o homenageado da Rua Nilo Peçanha, no Centro de Petrópolis?

História

Por trás dos monumentos: quem é o homenageado da Rua Nilo Peçanha, no Centro de Petrópolis?

Petropolitano, Maestro Guerra-Peixe teve uma vida dedicada à música

Além dos museus, casarões e ruas, quem observa os monumentos de Petrópolis é surpreendido com verdadeiras aulas de história. Por conta disso e com o intuito de facilitar o acesso ao conhecimento, a Sou Petrópolis traz a série “Por trás dos Monumentos”, com histórias por trás de importantes construções da cidade. Nesta edição, nosso convite é para desvendar um dos monumentos do espaço na Rua Nilo Peçanha, na altura do número 164, no Centro Histórico.

Fotos: reprodução – Sou Petrópolis

O homenageado da estátua é o compositor, arranjador e musecólogo César Guerra-Peixe. O espaço foi dedicado ao Maestro pelo Povo Petropolitano, no ano de 2011. A estátua foi esculpida pelo artista Sérgio Cestan, em bronze negro, sustentada por um mármore.

Foto: Sou Petrópolis

Quem foi César Guerra-Peixe?

César Guerra-Peixe nasceu em Petrópolis, no dia 18 de março de 1914. Caçula de dez irmãos, aos 6 anos aprendeu, com o pai, noções de violão. Aos 11 anos, ingressou na antiga Escola de Música Santa Cecília. Mas sua vocação foi o violino, que estudou de 1925 a 1930. Neste mesmo ano escreveu a primeira composição, o tango Otília, nome de sua primeira namorada. 

Foto Acervo arquivo Nacional

Vida dedicada à música

No ano de 1941,  Guerra-Peixe ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, sendo o primeiro brasileiro formado em fuga e contraponto nos moldes do Conservatório de Paris. Uma das características do artista era no campo sobre a música folclórica do interior do Brasil, sem abrir mão da diversidade da musicalidade popular urbana. Para sobreviver, teve que fazer arranjos e compor para rádio e cinema.

Foto: reprodução facebook César Guerra-Peixe

No início da década de 1960, no Rio de Janeiro, passou a fazer parte da Orquestra Sinfônica da Rádio MEC como violonista. Em 1968 passou a coordenar a Escola Brasileira de Música Popular, também sendo membro dos conselhos de Música Popular e de Música Erudita. Entre os anos de 1972 e 1980, foi professor da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade de São Paulo. 

Lecionou, também, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Pró-Arte e na Escola Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Ao final da década de 1970, desenvolveu o projeto de arranjos sinfônicos para grandes compositores populares, entre eles Luiz Gonzaga e Tom Jobim.

Homenagens

Em 1982, recebeu a Medalha do Mérito da Fundação Joaquim Nabuco e, dois anos depois, a Medalha Koeler da Câmara Municipal de Petrópolis. Em 1986, recebeu o Prêmio Shell pelo conjunto de sua obra. Ganhou também três vezes o Prêmio Golfinho de Ouro do MIS do Rio de Janeiro. Em 1993, recebeu o título de Maior Compositor Brasileiro Vivo.

Foto: Clayton Vetromilla

Guerra-Peixe, líder da música nacionalista

Guerra-Peixe foi um dos líderes da música nacionalista de sua época. Compôs muitas músicas de câmara, canções, peças para piano solo e violão. O músico morreu aos 79 anos, no ano de 1993, na cidade do Rio de Janeiro. 

Prêmio Guerra-Peixe

Desde 2009 a prefeitura de Petrópolis realiza o Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura que homenageia os artistas nascidos ou residentes da cidade que mais se destacam a cada ano. O nome da premiação presta uma homenagem ao compositor petropolitano.  

Foto: arquivo divulgação

Fonte: Acervo Nacional

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