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[Entrevista] Autores petropolitanos comentam participação no Festival Literário de Petrópolis

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[Entrevista] Autores petropolitanos comentam participação no Festival Literário de Petrópolis

Evento gratuito acontece de 1° a 5 de maio, no Palácio de Cristal

De 1° a 5 de maio, o Palácio de Cristal recebe a primeira edição do Festival Literário Internacional de Petrópolis, o Flipetrópolis. O evento, que tem entrada gratuita, receberá grandes nomes da literatura nacional e internacional, dentre eles, alguns petropolitanos, como Andréa Pachá, Carolina Freitas e Leandro Garcia.

Foto: Instagram @gustavogomesfoto

Andréa Pachá

Autora das obras “A vida não é justa”, “Segredo de Justiça” e “Velhos são os outros”, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Andréa Pachá participará de um painel no dia 2, quinta-feira, às 19h, junto com o escritor Jeferson Tenório. Em entrevista à Sou Petrópolis, a autora contou um pouco sobre sua trajetória e as expectativas para o evento. Confira:

Foto: Eugenio Savio

Ser escritora sempre foi um sonho para você? O que te motivou a unir sua experiência no Direito com a literatura?

AP: Não lembro da minha vida sem a escrita. Sempre escrevi, na tentativa de compreender o mundo e os meus sentimentos. Acho que ser escritora é consequência dessa minha impossibilidade de viver sem a palavra.
Direito e literatura, no meu sentir, são saberes da mesma raiz, da humanidade. Conjugar a dupla experiência dos conhecimentos parece um destino natural. As melhores histórias da literatura nascem dos dilemas da justiça.

Como você se sentiu ao ser convidada para participar da Flipetrópolis, na sua cidade natal, como uma atração nacional? E quais são as suas expectativas para o evento?

AP: Petrópolis é meu ninho afetivo, cidade onde vive minha família e meus amigos da infância. Minhas memórias mais remotas vem do céu azul e das montanhas que cercam a cidade. O Flipetrópolis será um evento estupendo, como todos os demais organizados pelo Afonso Borges. Afonso sabe juntar pessoas que devem caminhar juntas. É muito lindo me perceber parte desse grupo de autores que eu amo e admiro. De alguma forma, viverei uma experiência de duplo pertencimento.

Para você, qual a importância de um evento como a Flipetrópolis, em especial para a cidade de Petrópolis, que é rica em história e cultura, mas ainda não tinha um evento dessa magnitude?

AP: Petrópolis merece um destino mais luminoso. A geografia da cidade é desenhada para acolher a literatura, a música, as artes, enfim. Finalmente Petrópolis inaugura um espaço que, oxalá seja permanente. O futuro econômico e cultural de Petrópolis depende de escolhas políticas acertadas. Que a literatura venha para viver e morar na serra!

Carolina Freitas

Carolina Freitas, jornalista e pesquisadora por trás da página Petrópolis Sob Lentes, é autora dos volumes 1 e 2 do livro “Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje” e a mais jovem pessoa a integrar a Academia Petropolitana de Letras (APL). Na sexta-feira (3), a partir das 16h, a petropolitana participará de uma mesa que vai abordar a prosa petropolitana.

Fotos: Yara Araújo

Qual o tema central que será abordado por você durante o evento? Como funcionará a mesa?

CF: A mesa será mediada pelo acadêmico Ataualpa A. P. Filho e vai contar com a presença do também membro da Academia Petropolitana de Letras Fernando Costa. No meu caso, vou abordar o processo de desenvolvimento de reportagens que fazem uso da prosa poética como registro da memória petropolitana. A ideia é revelar parte dos bastidores da construção dos meus livros e da apuração envolvida neles, que reúnem depoimentos que são reflexo da transformação da cultura, comportamento e economia locais pela perspectiva do comércio.

Quais são as suas expectativas para o Festival? E, para você, qual a importância do Flipetrópolis para a cidade?

CF: É fantástico como o Flipetrópolis, antes mesmo de acontecer, já se revela um dos maiores eventos literários sediados pelo município. Tem sido emocionante testemunhar o entusiasmo e o clima de antecipação dos moradores pelo contato com os autores, suas produções e as possibilidades de troca possibilitadas pela programação. Para os autores, é a oportunidade de conhecer novos públicos, prestigiar autores que admiramos e ampliarmos nossos horizontes sobre o que tem sido abordado em obras recentes e a maneira como cada tema é explorado. Sem dúvidas, o festival, com toda a sua magnitude, já deixou sua marca em Petrópolis.

Curadoria do evento

O presidente da Academia Petropolitana de Letras (APL), Leandro Garcia, que é um dos responsáveis pela curadoria da programação local do festival, também comentou sobre a importância e o surgimento do evento que, segundo acredita ele, veio para ficar.

Fotos: Divulgação

Qual a importância deste evento, tanto para o público em geral, quanto para os escritores locais e os leitores que vivem em Petrópolis e que nunca tiveram um evento dessa magnitude em sua cidade?

LG: Acho que o Flipetrópolis veio pra ficar, ou seja, deverá entrar definitivamente no calendário cultural de Petrópolis como uma ação afirmativa em vários sentidos: cultural, social, político e humanístico. Trata-se de uma oportunidade única para os leitores da nossa cidade verem, ouvirem e conviverem alguns dias com os seus escritores preferidos, bater aquele papo e tirar uma fotografia com cada um deles. Eventos assim também devem ser pensados para o convívio entre leitores e autores, para aquela tietagem sadia e bacana, com registros para as redes sociais, etc. Acho que isso impactará muito o público petropolitano.

De onde surgiu a ideia do evento acontecer em Petrópolis?

LG: A ideia surgiu no ano passado e partiu muito de uma vontade pessoal do desembargador Gustavo Grandinetti, um dos curadores do Festival, que logo obteve o apoio da Prefeitura. Lembro que o Grandinetti participou de um evento cultural da Academia Petropolitana de Letras, em outubro passado, então ele me chamou num canto e me fez o convite para participar da curadoria. De lá para cá, a ideia se concretizou com a chegada de Afonso Borges e toda a sua vasta experiência em organizar eventos dessa grandeza. O resultado estamos vendo por aí…

Como aconteceu a curadoria para a programação local e quais são os principais destaques?

LG: Como curador, acho que todos são destaques! Inclusive os mediadores, que terão papel decisivo em debater com público e convidados, provocando o máximo de interação. Desde que recebi o convite para a curadoria, disse que o Flipetrópolis só teria sucesso se envolvesse e integrasse os escritores locais; claro que não foi possível incluir todos, alguns não quiseram e outros não puderam, isso é normal. Todavia, o máximo possível foi incluído no evento, inclusive das academias e institutos locais, o que deu imensa diversidade à programação do nosso Festival.

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