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Petropolitana faz a primeira tatuagem da avó de 92 anos: “Somos porto seguro uma da outra”

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Petropolitana faz a primeira tatuagem da avó de 92 anos: “Somos porto seguro uma da outra”

O pequeno coração carrega um grande significado para avó e neta

Há 5 anos, Louise Lakihazy perdeu a sua mãe e Albanira Martins a sua filha. De lá pra cá, os laços afetivos entre a avó e neta se fortaleceram ainda mais. Tanto que aos 92 anos, dona Albanira fez a sua primeira tatuagem em homenagem à Lou, como carinhosamente chama a neta.

O fato curioso é que a tatuadora era a própria neta, que, além de estilista, designer de estamparia e empreendedora, está estudando para entrar nesse ramo também. Essa foi a primeira tatuagem que Louise fez em alguém, e não poderia ser mais simbólico.

Foto: arquivo pessoal Louise Lakihazy

Lembranças da infância

Louise recorda que parte da sua infância morou com a avó, que a descreve como uma personagem de tão fofa que é.

“Durante a infância inteira lembro de sentar na saia dela como se fosse uma ‘redinha’ e ela preparava o melhor café com leite do mundo. Sempre foi a pessoa que mais me identifiquei, super sensata, não tem como não gostar dela. Parece uma vovózinha de filme. Moramos juntas até eu fazer uns 12 anos, depois só voltei a morar com ela na época da faculdade”, lembra.

Foto: arquivo pessoal Louise Lakihazy

Convivência

Poder estar convivendo e desfrutar dos seus ensinamentos, Louise diz como um privilégio. Lembrando que elas nunca tiveram desavenças.

“Não sei nem como seria brigar com ela. Pensamos muito parecido e somos muito calmas, a gente se entende só de olhar, para mim é um privilégio”.

Retribuição

Louise fala que a avó nunca mediu esforços para o bem-estar dos netos. Durante os cinco anos de faculdade, foi a dona Albanira que a recebeu em sua casa.

Foto: arquivo pessoal Louise Lakihazy

“Minha avó sempre deu um jeito para tudo, fora o colo e o carinho. Em alguns momentos a vida não era fácil e ela sempre estava ali para ajudar nas palavras e financeiramente. Só consegui fazer faculdade, no Rio, porque ela me recebeu na casa dela, aí lá pude começar a minha carreira. Eu saía de casa 7h da manhã e só retornava às 23h. Todo dia ela fazia um almoço para eu levar, a grana era muito curta, cuidava de mim durante todo o tempo. Agora que voltei para Petrópolis é a vez dela morar comigo. Os papéis mudaram, então pela primeira vez, vou recebê-la na minha casa”.

Tatuagem em homenagem à neta

A tatuagem de um pequeno e singelo coração, foi a forma de dona Albanira homenagear a neta e também de tê-la sempre presente em todos os momentos, já que não é possível estarem sempre juntas. E ela garante que nem sentiu dor.

Foto: arquivo pessoal Louise Lakihazy

“Como sentimos muita saudade uma da outra, foi a forma de ter um pedacinho dela no meu braço. Foi de boa, nem senti dor. Não é nem uma picada de agulha de injeção. Faria outra só para agradar a Lou. Fiquei muito feliz de ter recebido a primeira tatuagem dela”, lembra.

Louise garante que vai fazer o mesmo desenho em homenagem à avó.

Descrita como anjo, Dona Albanira conta que desde pequena, Louise sempre teve muito cuidado e carinho por ela.

“Esse afeto eu recebo desde quando ela era criança. A gente tem muito amor, muita compreensão. Somos melhores amigas na verdade, ela é a minha confidente. Ela sabe me ouvir. É uma relação de muito carinho e cuidado. Ela é tudo, um anjo para mim”, conta dona Albanira.

“Depois que a minha mãe faleceu, ela assumiu um papel maior ainda na minha vida. A gente ganhou uma importância ainda maior, nos agarramos com todas as forças. Porque o nosso elo principal, minha mãe, não está mais aqui. Precisei virar filha e ela precisou virar mãe. É como se o mundo tivesse diminuído e restasse só nós duas. Somos porto seguro uma da outra”, conta Louise que diz que não é preciso datas especiais para expressar nossos sentimentos a quem amamos.

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