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Dia do Motorista: conheça a primeira mulher motorista de ônibus de Petrópolis

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Dia do Motorista: conheça a primeira mulher motorista de ônibus de Petrópolis

Antonieta Pozzato, de 71 anos, atuou como motorista de ônibus por 21 anos e, hoje, trabalha dando aula para pessoas já habilitadas e inseguras de dirigir

Tradicionalmente, a profissão de motorista está mais atrelada à imagem dos homens do que das mulheres. Apesar disto, são várias as figuras femininas que fazem desse o seu ganha pão. E nesta terça-feira (25), Dia do Motorista, vamos relembrar a história de Antonieta Pozzato, a primeira mulher motorista de ônibus de Petrópolis.

Foto: Firma Criadores

Com 71 anos e atualmente aposentada, Antonieta começou a dirigir aos 12 anos, quando ajudava seu pai no trabalho. A vida, porém, acabou a levando para o magistério. Mas o que ela sempre quis da vida era ser motorista, profissão que veio a atuar por 21 anos.

“Por conta disso, comecei a ser instrutora de autoescola. Lá eu troquei a minha carteira para a D e comecei a ver a facilidade que eu tinha de dirigir caminhões. Dali para frente eu estava determinada a, finalmente, trabalhar fazendo o que eu amava e, em 1997, decidi ser motorista de ônibus”, conta.

Foto: Firma Criadores

Obstáculos

Quando foi prestar o teste para a vaga de motorista, a reação geral dos funcionários foi de surpresa. Antonieta sentiu como se já tivesse ido queimada para a entrevista, pronta para ser reprovada, só por ser mulher.

“Mas, felizmente, eles não tiveram como me reprovar, pois tudo que me pediam para fazer eu fiz com exatidão. Eu estava tremendo quando escutei que não precisava ficar mais nervosa, porque havia passado”, declara.

E com os passageiros não era diferente. Quando viam que a condutora era uma mulher, a surpresa era certa. “Era como se fosse uma novidade, porque, de fato, eles nunca tinham visto isso. Mas tiveram reações muito boas, como mulheres dizendo que eu era o orgulho e a inspiração delas”.

Foto Arquivo Pessoal Antonieta Pozzato

Preconceito

Após começar a trabalhar, levou um tempo para que seus familiares homens aceitassem a vocação. E este preconceito também se refletia em parte dos passageiros.

“Mas eu também não levava desaforo para casa. Uma vez uma moça me disse para procurar um tanque para lavar roupa e um fogão para fazer comida. E eu respondi que fazia isso tudo e ainda dirijia um ônibus”, relata.

Foto: Firma Criadores

Inspiração

Depois de se aposentar como motorista de ônibus, Antonieta continua dirigindo. Porém, desta vez, oferecendo treinamento para pessoas habilitadas e inseguras de dirigir no dia a dia.

Sobre seu papel como a pioneira em Petrópolis, Antonieta se sente realizada. “Já conheci tanto cobradoras como motoristas que começaram a trabalhar com isso por causa de mim e eu me sinto orgulhosa de ter sido a primeira”, finaliza.

Foto: Firma Criadores

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