[PersonalidadesPetropolitanas] Conheça a história de Sr Pedro, que vende notas e moedas antigas há quase 40 anos
Com alegria e sabedoria, Sr Pedro compartilha as histórias de cada uma das peças de sua barraca para todos os interessados em ouvir
Quem visita a Catedral São Pedro de Alcântara, um dos pontos turísticos mais emblemáticos de Petrópolis, pode não perceber a pequena barraca com notas e moedas antigas ao lado dos degraus de entrada do monumento. Porém, quem para e observa o local, tem o prazer de ouvir histórias tão ricas quanto as do edifício à frente. Na décima primeira edição da série #PersonalidadesPetropolitanas, conheça a história do Sr Pedro que, há 38 anos, trabalha com notas e moedas antigas no local.
Foto: @robjonfotos
Natural de Petrópolis, Pedro Porto Ribeiro, de 76 anos, atua em frente à Catedral desde os anos 80. Entre um cliente e outro, sempre divide todos os seus conhecimentos sobre a história de cada uma das peças à exposição em sua barraca.
A história por trás das peças
Com seus livros como guia, ele sabe quanto vale, o significado dos símbolos e o material de cada uma delas. Tem moedas de diversos lugares do mundo, de ouro, prata, cobre e bronze, e vindas de vários séculos. As cédulas, com figuras que vão desde Machado de Assis à Dom Pedro II e Santos Dumont, carregam histórias que Pedro traz na memória e faz questão de transmitir a quem quiser ouvir.
Fotos: @robjonfotos
“Gosto muito de conversar com quem vem aqui e contar essas histórias. É muito bom ver que as pessoas se interessam”, diz Pedro, que diariamente, das 8h às 18h, leva e traz sua barraca e, com um sorriso no rosto, alegra quem passa pelo local.
Pai de quatro filhos, vô de quatro netos, e bisavó de quatro bisnetos, Pedro permanece com toda a família em Petrópolis, e ama com o que trabalha. Apesar da idade, estar em sua barraca com suas notas e moedas é sua felicidade.
Fotos: @robjonfotos
O começo
Tudo começou em março de 1984, quando, junto com outros vendedores, Pedro trabalhava na parte de cima dos degraus da Catedral. No início, vendendo sabonetes, depois picolé, artesanato e, após mais um tempo, cédulas, moedas e selos antigos.
Foto: @robjonfotos
“Comecei vendendo sachês com sabonetinhos perfumados, porque os viajantes que vinham à turismo para a cidade colocavam nas malas de viagem para perfumar a roupa. E por aí fui ficando e me adaptando conforme via a demanda deles. Muitos colecionadores viam algumas moedas e cédulas que eu tinha, perguntavam sobre algumas específicas, iam repassando até que chegavam a mim e hoje continuamos aqui”, narra.
Pedro relata que, há 18 anos, os vendedores precisaram se retirar da parte de cima da Catedral e, dentre todos, ele é o único a permanecer próximo ao monumento até hoje.
Foto: @robjonfotos
Aos que quiserem uma dose de alegria e conhecimento, basta passar pela barraca que fica em frente à Catedral São Pedro de Alcântara, onde o Sr Pedro também vende artesanatos, chaveiros e lembrancinhas para turistas, resgatando seu primeiro trabalho na região.
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