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Turismo e Comércio cobram ações urgentes para recuperação da infraestrutura no Centro de Petrópolis

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Turismo e Comércio cobram ações urgentes para recuperação da infraestrutura no Centro de Petrópolis

Principais acessos da cidade, como a Rua Washington Luiz, seguem necessitando de intervenções após as tragédias de fevereiro e março

As consequências das chuvas de fevereiro e março continuam impactando diretamente o turismo e o comércio em Petrópolis. Ambos, seguem em buscas de esforços para recuperar a economia local que já vinha fragilizada desde o início da pandemia.

Foto: Mariana Rocha

Prova disso foi o alto número de demissões do setor de alojamento e alimentação no mês de março. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que foram 265 demissões frente a apenas 185 contratações – uma defasagem de 80 vagas.

Para Bianca Ghidini, diretora do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Petrópolis, quanto mais lenta for a recuperação de vias, como a Washington Luiz, mais devagar será o processo de recuperação econômica no Centro.

“E vai virando uma bola de neve. As pessoas não se hospedam, não fazem compras, não consomem nos restaurantes, não vão aos pontos turísticos. Com o tempo, isso vai se refletindo em menos mão de obra contratada e mais demissões”, afirma.

Esforço conjunto

Bianca acredita que é preciso um esforço conjunto e imediato de todas as esferas governamentais para que a cidade consiga se reerguer.

“A gente estava conseguindo retomar depois de um momento crítico de pandemia, mas aí vieram as chuvas e parece que demos uns 50 passos para trás. Agora o que precisamos é de acesso, ruas limpas. O turista chega aqui e vê as ruas quebradas e vai ficar como? Com medo! Sabemos que o turismo é um dos motores da economia de Petrópolis então precisamos de respostas urgentes e práticas para que a população e o visitante se sintam seguros aqui novamente”, afirma.

Medidas propostas pelo Sicomércio

Outro setor prejudicado pelas chuvas é o comércio, que enfrentou prejuízos com perdas materiais e agora sente com a diminuição do fluxo de pessoas que vem para a cidade. O Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio) chegou a apresentar a diferentes esferas do poder público uma série de medidas que precisam ser tomadas a curto, médio e longo prazo para ajudar a levantar os setores.

Entre elas estão a recomposição de calçadas, muretas e guarda-corpos de postes; contenção das margens e desassoreamento dos rios, maior agilidade para isenção de IPTU para áreas impactadas, a elaboração de um mapeamento de áreas de riscos, plano de prevenção a enchentes, ligação Bingen-Quitandinha e intervenções necessárias no Túnel Extravasor.

Para o Sicomércio, também é preciso fortalecer a Marca Petrópolis, com compromisso com o calendário turístico e realização de eventos que ajudam a trazer o turista para a cidade e, consequentemente, melhoram toda a cadeia produtiva. “A ideia é justamente reconstruir o presente, acreditando em um novo futuro para a cidade”, conclui Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio.

Sobre as intervenções

Questionada, a Prefeitura informou que vem atuando na recuperação e reconstrução da cidade e que as pontes de todo o Centro Histórico, além dos distritos e localidades afetadas pelas chuvas foram ou estão sendo recuperadas.

Com relação à desobstrução e limpeza das vias e das regiões atingidas pelos temporais, o município afirma que também estão sendo executadas.

A Prefeitura também está realizando as obras de contenção (pequeno porte) e construção de muros de gabiões em vários pontos da cidade afetados pelas chuvas. Entre as obras estão: avenidas Piabanha e Barão do Rio Branco, Rua Saldanha Marinho, Rua Bingen (em frente a Estácio de Sá) e Barão de Águas Claras.

Obras do Estado

Já no que diz respeito à dragagem dos rios que cortam a cidade, o município afirma que está sendo feita, desde o mês passado, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

O governo do Estado também está responsável pelas obras na Rua Washington Luiz, 24 de Maio e Rua Nova, Conde D´Eu, Avenida Portugal (Batata Frita) e Pedro Ivo; além do Túnel Extravasor. O governo do Estado também vai fazer as obras na Oliveira Bulhões e Sargento Boening.

A Prefeitura afirma que aguarda a resposta do governo do Estado para assumir as obras no Caxambu, Chácara da Flora e Vila Felipe e disse que vem dialogando com o governo do Estado para que todas as intervenções aconteçam dentro do prazo e da forma mais breve possível.

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