Greve dos rodoviários: Petrópolis amanhece sem ônibus nesta quarta-feira

Os trabalhadores e estudantes que iam pegar ônibus hoje (06) pela manhã precisaram voltar para casa ou buscar outras alternativas para chegar a seus destinos. Isso porque Petrópolis amanheceu sem nenhuma linha de ônibus circulando em função da greve dos rodoviárias, iniciada na madrugada desta terça-feira (05), às 23h59.

Foto Reprodução Redes Sociais

A decisão da manutenção da greve é resultado da Assembleia Extraordinária Urgente, realizada na noite de ontem (05), na sede do Sindicato dos Rodoviários.

Na Assembleia foi analisada a quarta proposta feita pelo Setranspetro à categoria, de 10,54% de aumento nos salários e 10% de reajuste na cesta básica. Os rodoviários pedem, no entanto, reajuste salarial de 17%, aumento da cesta básica para R$700 e o fim da hora fracionada de almoço. 

Petrópolis tem cerca de 2.100 trabalhadores atuando como rodoviários, sendo que aproximadamente 1.200 são associados ao Sindicato.

Liminar do TRT

Em resposta à decisão de manter a greve, o Setranspetro disse que lamenta a recusa do Sindicato dos Rodoviários e reitera que, neste momento, a greve é ilegal.

“Neste momento, a greve é ilegal, tendo em vista uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho, que impede tal movimento. Além de ser considerada uma medida antidemocrática, com todas as medidas e sanções cabíveis à categoria, a greve vai contra o diálogo traçado ao longo desta terça-feira (5) com o Governo Municipal, Câmara Municipal, Rodoviários e Empresários”, disse, em nota.

Resposta do Sindicato

O Sindicato dos Rodoviários disse que está recorrendo na Justiça a liminar do TRT e, portanto, vai manter a greve.

“O que mais nos assombrou foi o fato de o Setranspetro ter aberto o processo, na quarta-feira, 30 de março, às 11h45, mais de 24h antes da divulgação do resultado da Assembleia Geral Extraordinária. Essa atitude dos empresários nos faz crer, que eles mesmos já entendiam que as propostas apresentadas, em resposta ao pedido dos trabalhadores, não condizem com o que é justo para com o rodoviário”, pontuou Edson de Oliveira, presidente do Sind. Rodoviários.

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