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Retomada: estabelecimentos de Petrópolis buscam voltar à rotina após prejuízos provocados por tragédia

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Retomada: estabelecimentos de Petrópolis buscam voltar à rotina após prejuízos provocados por tragédia

Momento é de campanhas e mobilizações para fazer a economia circular localmente

Dezoito dias após a tragédia e os estabelecimentos de Petrópolis seguem no processo de retomada das atividades. O comércio em diversos pontos registrou uma série de prejuízos, com mercadorias, maquinário e mobiliário. O momento é de tentar recuperar o que restou e de negociação com fornecedores para manter as portas abertas.

Fotos: Divulgação Nobel/ Divulgação Sul América

Neste sábado (5), a livraria Nobel, que perdeu 14.221 títulos que estavam no subsolo, reabriu ao público. Para estimular as vendas, foi lançada a campanha “Compre mais um”, para que as pessoas comprem livros também para presentear e possam, assim, ajudar a livraria nesta retomada.

Foto: Divulgação Nobel

Uma das padarias mais tradicionais do Centro da cidade também foi muito atingida pela chuva de 15 de fevereiro, mas conseguiu reabrir ao público dois dias depois.

“A chuva foi fora do normal. Nesse tempo todo que estou aqui não houve nada igual. Na hora a gente pensa que nem vai conseguir voltar, mas com a necessidade de continuar trabalhando e manter os empregos reabrimos”, disse João Possidente, que está à frente da Sul América há 30 anos.

Água passou por cima das comportas

João conta que nunca viu nada nem parecido com o que ocorreu em 15 de fevereiro. “Ninguém imaginava que ia entrar aquela quantidade de água. Ela passou por cima da comporta que tem 1,20 m”, conta João.

O empresário diz que já é rotina entre os funcionários colocar as comportas todos os dias na padaria, independente da estação do ano. No dia 15 de fevereiro, na medida em que viram o rio enchendo, as comportas foram colocadas, mas não deram vazão.

O mesmo aconteceu com os quatro estabelecimentos de Aroldo Nunes Junior, sendo dois no Centro da cidade e dois em Corrêas: as comportas não deram conta do volume de água. Os prejuízos, segundo ele, somam cerca de R$ 700 mil.

“As comportas não aguentaram. Foi muita água, muita pressão. Perdemos freezer, balcão, mesa, mercadoria. Para recuperar um prejuízo desses leva anos”, diz o empresário.

Os estabelecimentos do Aroldo foram reabertos na quarta-feira (2). Agora, ele diz que vai reforçar as comportas e está também revisando toda infraestrutura de esgotos. Além disso, está negociando os boletos com prazos maiores com fornecedores.

Ele emprega 70 funcionários. “Tem conta para pagar, estamos vindo de uma pandemia, não tenho muito como recuar, temos que seguir em frente. Tentar de novo, colocar as coisas para funcionar e recuperar isso”, afirma.

Mobilização para reabertura

Estabelecimentos, como a cafeteria Inverno D’Itália, que também perdeu tudo com o alagamento, anunciou a reabertura para o dia 16 de março, dia do aniversário da cidade.

Foto: Divulgação Inverno D’Itália

O prejuízo foi de R$ 50 mil. Com o crédito emergencial ainda em análise, os proprietários deram início à arrecadação online de verba para investir na compra dos equipamentos danificados pela enchente.

A vaquinha criada, que tem como meta R$ 35 mil e já obteve R$ 9.315 mil, pode ser acessada clicando neste link. Também é possível ajudar fazendo um PIX para o CNPJ 39.61.455-000111 (Banco Itaú, Agência 6141, Conta Corrente 99892-9).

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