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‘A gente vai perdendo a esperança’, diz mulher que busca parentes nos escombros no Morro da Oficina

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‘A gente vai perdendo a esperança’, diz mulher que busca parentes nos escombros no Morro da Oficina

Daiana Sampaio diz que são poucos militares nas buscas onde acredita que possam estar quatro pessoas da família

A família de Daiana Sampaio está desde às 3h de quarta-feira (16) buscando parentes nos escombros no Morro da Oficina após deslizamento que arrastou casas durante temporal na terça-feira (15).

Parentes buscam quatro pessoas em meio a escombros no Morro da Oficina/ Foto: Daiana Sampaio

“A gente vai perdendo a esperança”, conta, afirmando que são poucos militares atuando nas buscas onde acredita que possam estar a cunhada, de 36 anos, grávida de 8 meses; o cunhado, de 38 anos, a irmã dele, idade não divulgada; e o sobrinho de 6 anos.

Segundo Daiana, o marido e um irmão estão fazendo o que podem com pá e enxada na região. Ao mesmo tempo, outras pessoas da família tentam contato com o Instituto Médico Legal e os hospitais. “A gente quer ter a paz de encontrá-los. Aonde eles podem estar não tinha bombeiro até 10h, têm bombeiros em outros pontos. A família está sozinha”, diz.

Daiana conta que não sobrou nada onde a família morava. “Quando a gente vê pela TV não tem noção do que é quando chega lá. Só por milagre de Deus mesmo”, afirma.

Os desaparecidos são: Graziele Barreiros Stanzani, Enzo Barreiros Stanzani, Leonardo Stanzani e Elizabeth Stanzani.

Último contato

A última vez que conseguiu falar com a cunhada Graziele foi durante a chuva de terça. “A última visualização dela em um aplicativo de mensagem foi 17h57. O marido da irmã do meu cunhado chegou a falar para ela descer durante o temporal, mas ela disse que ia esperar a chuva passar”, conta Daiana.

Equipes nas buscas

Até o momento, 24 pessoas foram resgatadas com vida, segundo o Corpo de Bombeiros e 105 óbitos foram confirmados.

O Corpo de Bombeiros informa que segue ininterruptamente, desde a tarde de terça-feira (15), nas operações de busca e resgate por vítimas.São mais de 500 militares trabalhando no atendimento à população em salvamentos diversos. Equipes especializadas em resgate em desabamentos e busca e salvamento com cães foram enviadas para reforçar o socorro, com apoio de viaturas do tipo 4×4 e botes.

Aeronaves das forças de segurança do Estado também chegam na cidade para auxiliar nas operações.“Minha determinação é trabalhar incansavelmente em busca de vidas”, disse o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, o coronel Leandro Monteiro.

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