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Especialista do Hospital Santa Teresa dá dicas sobre importância do aleitamento materno

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Especialista do Hospital Santa Teresa dá dicas sobre importância do aleitamento materno

Ato traz série de benefícios a curto e longo prazo para os bebês e às mamães

Dados do Ministério da Saúde publicados em 2020 apontam que o aleitamento materno pode reduzir a mortalidade infantil por causa evitáveis em até 13%.

Foto: Paola da Silva Neves Divulgação HST

O ato gera benefícios para o bebê e também para a mãe, já que o risco da mulher que amamenta desenvolver câncer de mama cai 6% a cada ano de amamentação.

Neonatologista do Hospital Santa Teresa (HST), Adliz Siqueira, explica que além de ser uma proteção natural, o aleitamento contribui diretamente para restabelecer o vínculo entre a mãe e o bebê, que são temporariamente separados após meses de gestação.

Segundo a especialista, é importante manter o recém-nascido em contato pele a pele, junto a sua mãe, e estimulando a amamentação, logo após o nascimento, período chamado de “Hora de ouro” que significa a 1ª hora após o nascimento onde essas ações promovem benefícios para ambos.

“Na primeira infância, o leite materno reduz o risco de contrair doenças e infecções, como a diarreia e doenças respiratórias. Já na adolescência, a criança que passou por um período adequado de amamentação terá menor probabilidade de desenvolver complicações como diabetes, hipertensão arterial e obesidade”, afirma.

Nutrientes

Quando o assunto é valor nutricional, Adliz afirma que o leite materno possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do recém-nascido e, além disso, sua composição consegue se adaptar aos bebês que nascem prematuros, oferecendo conteúdo nutricional adequado.

Além da relevância alimentar, ela explica que nesses primeiros dias, o leite chamado de “colostro” é considerado como a primeira vacina do bebê, sendo por ele transmitido os anticorpos maternos.

Complemento necessário

Marcelle Arruda de Oliveira Barreto, enfermeira que atua como supervisora da maternidade do Hospital Santa Teresa, explica ainda que o complemento à amamentação é feito quando necessário e indicado pelo pediatra. Mas ela explica que os valores nutricionais do leite materno são insubstituíveis.

“Fazemos um comparativo em relação à fórmula sendo similar a um hambúrguer, enquanto o leite materno é um suco natural de laranja. Embora o hambúrguer provoque uma sensação de saciedade maior, o suco de laranja é mais leve e mais completo nutricionalmente, contribuindo para o desenvolvimento da criança”, diz.

Por isso, muitas mães acabam percebendo que o recém-nascido fica mais saciado com a fórmula do que com o leite materno e acabam achando que tem o “leite fraco”.

“Mas, na verdade, não existe ‘leite fraco, pior ou melhor’, existe o leite materno proporcional às necessidades de cada recém-nascido. O leite materno possui uma digestão mais rápida sendo necessário o recém-nascido mamar mais frequentemente em livre demanda. Sendo assim, é preciso informar e educar sobre os benefícios do leite materno e priorizar o seu consumo”, adiciona.

Benefícios para as mamães

Além de contribuir para facilitar o retorno das mulheres a uma estrutura corporal não-gravídica, a amamentação ajuda a diminuir os riscos da hemorragia pós-parto e a aumentar a produção de hormônios que estimulam a saída do leite da mama.

É neste contexto que iniciativas como o Projeto Maternidade Segura, adotado pelo Hospital Santa Teresa, ganha relevância ao aumentar o tempo dedicado à amamentação no momento pós-parto, potencializando seus benefícios.

Protocolos para covid-19

Para as gestantes que tiveram diagnóstico positivo para a COVID-19, o protocolo de amamentação é o mesmo, com a exceção de algumas adaptações sanitárias para garantir maior segurança ao recém-nascido.

“A amamentação deve ser sempre acompanhada pela utilização da máscara e a higienização das mãos deve ser feita com álcool em gel antes de qualquer contato com o bebê. Vale reforçar que, até o momento, não existem evidências de que o leite é um método transmissor da COVID-19”, ressalta Marcelle.

Para as mulheres que já foram vacinadas contra a COVID-19, estudos apontam a presença de anticorpos no leite materno, porém ainda estão em andamento estudos complementares para confirmar o grau de proteção dado aos bebês.

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