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Covid-19: cresce o número de mortes entre jovens e adultos em Petrópolis

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Covid-19: cresce o número de mortes entre jovens e adultos em Petrópolis

Dos 77 óbitos registrados em março, até agora, 17 eram pessoas com menos de 60 anos de idade — número quase três vezes maior do que o mês de fevereiro.

Para quem imaginava que a Covid-19 só era fatal aos idosos, os dados vêm provando a cada dia o contrário. Em Petrópolis, dos 77 óbitos registrados em março, até agora, 17 eram pessoas jovens e adultas: quatro de 30 a 39 anos; cinco de 40 a 49 anos; e oito pacientes de 50 a 59 anos. Em fevereiro, esse número foi 65% menor, com o registro de seis mortes de pacientes com menos de 60 anos de idade.

Foto Divulgação PMP

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, pessoas com menos de 60 anos representam 80% dos casos confirmados com Covid-19 desde o início da pandemia. Embora a taxa de letalidade ainda seja maior em idosos, novas variantes do vírus — mais transmissíveis — e o desrespeito às medidas restritivas vêm afetando cada vez mais os jovens e adultos.

Nesta terça-feira (23), o presidente da Unimed Petrópolis, Rafael Gomes de Castro, fez um alerta à população sobre o aumento de óbitos, principalmente entre jovens. “A média dos últimos cinco dias é de dois óbitos por dia. Nós nunca vivemos tal situação em todo o momento da pandemia, mesmo em dezembro quando tivemos o pior pico de atendimentos e internações. Os pacientes estão sendo internados mais graves. Dentre essas mortes, tiveram pessoas de 37 anos, 46 anos e 33 anos, sem comorbidades ou com obesidade”, destacou.

Foto Divulgação

O médico infectologista Dr. Marco Liserre confirmou o aumento da taxa de letalidade e internações entre pessoas na faixa etária de 30 a 40 anos: “Temos observado um número maior de pessoas jovens precisando ser internadas, inclusive indo a óbito. Na Unimed Petrópolis temos pessoas internadas com 30 anos, 40 anos, 26 anos… Isso tem se tornado bastante frequente”.

Na opinião do especialista, a maior exposição dos jovens é o que vem fazendo com que eles precisem cada vez mais de assistência médica para tratar complicações da Covid-19: “Isso está acontecendo porque os jovens vêm se expondo muito mais e lidando com a pandemia através do enfretamento, sem ter responsabilidade. É aquela necessidade de sair, de se divertir… Os efeitos disso são mais casos de Covid-19 entre jovens. A pandemia está vindo avassaladora, bem diferente das primeiras etapas. Eu acredito que isso se deve às aglomerações e às novas variantes”, explica.

Por fim, Liserre fez um apelo às pessoas que vêm desrespeitando os decretos e as medidas protetivas: “Aos jovens, eu recomendo muito cuidado, porque eles também estão morrendo, e sem comorbidades. Recomendo que façam o isolamento social, respeitem às regras, usem máscara e façam a higienização das mãos. Essas regras precisam ser seguidas. Ao meu entender, esse é o pior momento da pandemia a nível mundial”, finaliza.

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