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Dois anos depois, saiba como anda o poliglota petropolitano que viralizou quando trabalhava como cobrador

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Dois anos depois, saiba como anda o poliglota petropolitano que viralizou quando trabalhava como cobrador

A filha Emily já segue seus passos e em 2019 foi campeã no concurso estadual de oratória em língua japonesa

Em março de 2019 a Sou Petrópolis publicou uma matéria sobre o Edmilson: petropolitano que, à época, trabalhava como cobrador e viralizou no Brasil por falar mais de 10 idiomas. Dois anos depois, retomamos contato com ele para saber como ele e a família andam. Nossa maior alegria? Saber das oportunidades obtidas a partir da publicação e descobrir que sua filha já segue seus passos. Em 2o19, Emily foi campeã estadual de oratória em língua japonesa.

Foto: Divulgação

Se em 29 de março de 2019 a história de Edmilson, que foi compartilhada no Facebook pela amiga Bárbara num momento de desabafo em ver um colega qualificado sem conseguir nenhuma oportunidade na área de formação, saía na Sou Petrópolis. Um mês depois, o petropolitano já estampava mais de 10 portais, sites e programas, como o Encontro com Fátima Bernardes e o Domingo Espetacular.

Em maio, ele, que havia começado a vida como vendedor de mariola era, enfim, convidado a ser assessor de Relações Internacionais na Secretaria de Estado e Cultura do Rio de Janeiro. E, antes mesmo da proposta, Edmilson já havia conquistado uma de suas metas: seu implante dentário. De acordo com ele, por meio da publicação, um internauta o contatou, se oferecendo a cobrir todos os custos para a realização do tratamento.

“A matéria ter viralizado me mostrou o quão forte é o poder da comunicação através da internet e que, com uma boa difusão, a mensagem pode chegar nas mãos de pessoas que eu jamais imaginei que alcançaria. A partir da postagem uma pessoa viu a matéria lá nos Estados Unidos, me contatou pelo Messenger e pagou pelo meu tratamento. A Sou Petrópolis foi a raiz de tudo”.

Promovido a gestor da Biblioteca Parque Estadual no início de 2020, Edmilson teve as atividades interrompidas por causa da pandemia e, agora, aguarda a reinserção no Estado. Ele fala sobre os aprendizados adquiridos na Secretaria de Cultura e destaca a oportunidade de realização de cursos de especialização: fundamentais no seu crescimento profissional e também pessoal.

Foto: Divulgação

“Estando lá tive a oportunidade de ter acesso ao Tribunal de Contas do Estado e fazer um curso chamado Gestão do Conhecimento na Administração Público, um curso ministrado por professores altamente capacitados. Aprendi muito lá”. E como o “aprender” não sai do vocabulário e nem da rotina de Edmilson, quem já segue seus passos e se inspira em sua força de vontade é a filha Emily, de 18 anos.

De acordo com Edmilson, a filha, que quer cursar medicina veterinária, foi campeã em 2019 no Concurso Estadual de Oratória de Língua Japonesa pela Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro, e vice-campeã em 2020, na modalidade online. Segundo ele, ver o gosto e o engajamento também da filha por outros idiomas é motivo de grande satisfação.

“Acho que está no sangue, não sei. Minha filha já fala coreano, inglês e espanhol, e já está mexendo com alemão, francês, russo e árabe. Se eu pudesse falaria todos os idiomas do mundo. Meu conselho para quem quer aprender qualquer coisa é: se você tem um celular com internet, você tem tudo na mão. Minha filha é exemplo disso. Aprendeu coreano sozinha estudando na internet. A dica é ter iniciativa própria”.

Relembre a história de Edmilson

Para quem não se recorda, Edmilson veio de uma família humilde com 16 irmãos e, desde cedo, se mostrou fascinado em aprender outros idiomas. Aprendeu inglês na escola e, já adulto, se inscreveu num curso gratuito de japonês, onde não apenas se destacou entre outros 200 alunos, como triunfou, chegando a ganhar uma bolsa no Kumon e a representar o Brasil no Japão em um concurso de oratória.

Edmilson também fez história no ambiente acadêmico. Foi zelador na Universidade Católica de Petrópolis, obteve uma bolsa no curso de Relações Internacionais e, depois de conciliar a rotina de estudos com a limpeza da instituição e as aulas particulares de japonês que dava, se formou no ensino superior em 2016. Naquele ano, ele foi o único negro a se formar no curso de Relações Internacionais da UCP.

Prova de muita persistência, iniciativa e dedicação, Edmilson é inspiração para a família, amigos e para todos aqueles que sua história conhecem.

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