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Dezembro Laranja: oncologista do CTO esclarece 8 dúvidas sobre o câncer de pele

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Dezembro Laranja: oncologista do CTO esclarece 8 dúvidas sobre o câncer de pele

Segundo Ingrid Moura, casos do câncer de pele não melanoma representam 30% do total no Brasil; campanha Dezembro Laranja sensibiliza as pessoas para importância do diagnóstico precoce

Uma estimativa feita pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta 176 mil novos casos de câncer de pele não melanoma em 2020 no Brasil. Como forma de conscientizar a sociedade sobre a importância dos cuidados e do diagnóstico precoce do câncer de pele foi criado o movimento “Dezembro Laranja” que ocorre justamente com a chegada do verão, a estação mais quente do ano.

Foto Reprodução Internet

Isso porque a exposição aos raios ultravioletas é a maior causa de câncer de pele. Portanto, a prevenção é uma das maiores aliadas para evitar o desenvolvimento da doença que já representa 30% dos casos de câncer no país.

A oncologista Ingrid Moura, do Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis, esclareceu algumas dúvidas sobre o câncer de pele e destacou a importância dos cuidados diários e do diagnóstico precoce – que permite maior chance de cura para a doença.

Foto Divulgação CTO

1. Quais tipos de sinais podem ser um alerta para procurar o dermatologista?

Segundo a oncologista, os primeiros sinais que podem apontar o câncer de pele são manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não se cicatrizam em até quatro semanas, especialmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol.

Ou seja: se aparecer um nódulo, uma ferida, ou uma mancha persistente, é preciso procurar um dermatologista. O médico fará um exame clínico – ou a dermatoscopia ou biópsia – para investigar o caso.

2. Quais são os tipos de câncer de pele?

Com relação ao câncer de pele não melanoma, Ingrid afirma que existem dois tipos: o carcinoma basocelular, que se caracteriza por lesão e tem evolução lenta. E o carcinoma epidermoide, que surge por ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente as decorrentes de queimadura.

Além disso, a médica explica que existe o câncer de pele melanoma, que apesar de ter menor incidência no Brasil – 3% dos casos neste ano – é mais agressivo e temido, porque representa maiores chances de metástases. Então a taxa de mortalidade, segundo a oncologista, é maior.

3. Quais as chances de cura do câncer de pele?

Ingrid afirma que todo câncer quando descoberto em estágio inicial tem maior chances de cura. No caso do câncer de pele, ela explica que as chances são acima de 90%.

4. Quais são os grupos de maior risco para o câncer de pele?

Segundo a especialista, são as pessoas que se expõem mais ao sol e acima dos 40 anos. Porém, ela afirma que também há registros em jovens, já que esse grupo acaba se cuidando menos com relação ao uso de protetor solar e se expõe mais aos raios ultravioletas.  “Quanto mais clara a pele maior a chance de desenvolver câncer de pele”, acrescenta Ingrid.

5. Como prevenir o câncer de pele?

A especialista cita que alguns cuidados são fundamentais, como evitar a exposição ao sol em horários em que a incidência dos raios ultravioletas é maior.

“É preciso evitar os horários entre 9h e 16h. Para algumas pessoas, no entanto, isso é inevitável e, por isso, o uso do protetor solar é fundamental – inclusive em dias nublados, pois os raios ultravioletas estão ali, mesmo com o sol escondido. Também é recomendável buscar sombras, toldos ou guarda-sóis, além do uso constante de bonés e chapéus”, disse Ingrid Moura.

Foto Reprodução Internet

6. Como saber qual marca e fator ideal do filtro solar para cada tipo de pele?

A dica da oncologista é consultar um dermatologista que vai analisar as condições de cada tipo de pele e, a partir daí, indicar o produto mais adequado.

7. A partir de qual idade é necessário usar o protetor diariamente?

Ingrid afirma que antes dos seis meses não é recomendada a exposição solar do bebê e nenhum filtro solar. Dos seis meses aos dois anos, ela diz que são indicados os filtros solares mais espessos que são menos absorvidos pela pele. A partir dos dois anos, as crianças podem usar os filtros mais comuns todos os dias.

8. Ficar em frente às telas como de computadores, TVs e celulares aumenta o risco de câncer de pele?

A especialista afirma que esta ideia é um mito. Segundo ela, esse tipo de exposição não aumenta o risco de câncer de pele. Porém, ela alerta que representa riscos para outras situações como envelhecimento precoce e desenvolvimento de melasmas na pele.

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