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10 fatos e curiosidades sobre o PARNASO, em Petrópolis

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10 fatos e curiosidades sobre o PARNASO, em Petrópolis

Destino mais procurado e admirado pelos amantes da natureza em Petrópolis, o Parque Nacional da Serra dos Órgão (PARNASO) carrega décadas de história e uma imensurável importância na proteção da biodiversidade da Serra do Mar, onde ele está localizado.

Em uma parceria e com a colaboração do Núcleo Ecológico de Pesquisa Mais Trilhas reunimos aqui 10 informações e curiosidades sobre o PARNASO, que no momento está fechado por conta da pandemia. Confira e se surpreenda!

1. Terceiro parque mais antigo do Brasil

Criado em 1939, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos é o terceiro parque mais antigo do país, localizado no Maciço da Serra dos Órgãos, região da Serra do Mar, na parte Central do Rio de Janeiro. Ele fica na porção norte da Baía de Guanabara, e é uma unidade de conservação federal, aberto para visitação (com exceção do atual período por conta da pandemia).

Foto Divulgação @maistrilhasrj

O PARNASO é um dos primeiros parques nacionais brasileiros criados como monumentos naturais para resguardar regiões com valor científico. Sua criação têm como objetivo conservar a flora, fauna e os ecossistemas, garantindo também o abastecimento de água das populações adjacentes e a estabilidade dos solos, prevenindo processos erosivos e enchentes. Além de conservar os monumentos geológicos que são atrativos turísticos para pessoas de todas as partes do mundo.

2. Do projeto à realidade

A ideia inicial do visionário de Roquette Pinto era a criação de um parque contínuo do fundo da Guanabara até Serra dos Órgãos, garantindo a proteção dos rios. Da Serra ao Mar, essa era a proposta do “Parque da Guanabara”, que parou na burocracia federal e nas pressões internas. Hoje, doações de proprietários da época no topo da serra compõem o PARNASO, totalizando, após a ampliação de 2008, 20.024 hectares da Floresta Ombrófila Densa, entre os municípios de Magé, Guapimirim, Teresópolis e Petrópolis.

Portais de Hércules – Parnaso – Petrópolis, RJ / Foto Instagram @vivianctelles

Petrópolis é o município que abriga a maior parte da Unidade, contando com duas bases do Parque, uma adquirida recentemente e outra é ponto de partida da famosa Travessia Petro x Terê.

3. Montanhas de luxo

O PARNASO recebeu grande infra-estrutura na década de 1940 e era frequentemente visitado por embaixadores e autoridades da República. Instalações como a piscina natural, os prédios da administração, depósitos, garagem, residências funcionais e os quatro abrigos da Trilha do Sino foram construídos nesta época. O parque chegou a ter cerca de 250 funcionários, incluindo extravagâncias como garçons servindo de smoking nos abrigos da montanha.

4. Por que PARNASO?

A origem do nome Serra dos Órgãos vem da impressão dos primeiros portugueses que vislumbraram a serra a partir da Baía de Guanabara. Eles associaram a formação aos tubos ordenados de um órgão, instrumento musical que orna a maioria das catedrais europeias. O nome do parque deriva da semelhança dos picos da serra com os tubos de órgãos de igreja, derivando daí o nome Serra dos Órgãos.

Foto Reprodução Internet / Flickr

5. Pulmão da Mata Atlântica

O PARNASO compõe, de maneira central, o Corredor Ecológico da Serra do Mar, que conserva grandes fragmentos florestais da Mata Atlântica. Situado entre as maiores metrópoles brasileiras, ele abrange 449 municípios, mais de 150 Unidades de Conservação e atua como um grande pulmão vivo da importante Mata Atlântica. Locais como a Pedra do Sino e do Açu, Campo das Antas e Dedo de Deus têm altas taxas de endemismo vegetal e animal.

Foto Instagram @loucosporviagem

6. Maior rede de trilhas do Brasil

Desde as mais leves a travessias, o PARNASO possui a maior rede de trilhas do Brasil, com 200 quilômetros. A famosa Travessia Petrópolis x Teresópolis, percorrendo 30 km pelos campos de altitude da Serra do Mar, é conhecida internacionalmente. Além das inúmeras opções de trilhas e caminhadas para todos os níveis, o parque oferece diversas vias de escalada e rapel.

Foto Divulgação @maistrilhasrj

7. Proteção de espécies endêmicas

O PARNASO abriga mais de 2.861 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local).

Muriqui-do-sul (espécie: Brachyteles arachnoides): endêmico da Mata Atlântica e considerado o maior primata das Américas / Foto Divulgação @maistrilhasrj

Quatro espécies de mamíferos já são consideradas localmente extintas no Parque: a onça-pintada (espécie: Panthera onca), o queixada (espécie: Tayassu pecari), a anta (espécie: Tapirus terrestres) e o veado-catingueiro (espécie: Mazama gouazoubira).

O Parque é considerado área prioritária para a conservação da biodiversidade, em função do alto nível de endemismo e pela ocorrência de espécies ameaçadas.

8. Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade

O Parnaso executa o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (MONITORA/ICMBio) que busca analisar, acompanhar e monitorar a biodiversidade, verificando a efetividade da conservação na área do Parque e que ações podem ser realizadas. Além disso, o projeto também visa a integração com as comunidades do entorno do PARNASO. Através desse tipo de trabalho que a primeira onça-parda com leucismo foi registrada no mundo. O leucismo é uma anomalia genética que dá cor branca aos pêlos dos animais.

A onça-parda com leucismo foi registrada na Serra dos Órgãos, em Petrópolis / Foto: ICMBio/Divulgação

9. Milhares de visitantes por ano

Devido aos inúmeros atrativos naturais — desde poços e cachoeiras a trilhas e travessias —, o PARNASO recebe cerca de 160 mil visitantes por ano. Para se aventurar em um dos passeios naturais do parque após sua reabertura, confira: 7 passeios para curtir o dia no PARNASO, em Petrópolis.

Foto Mala de Aventuras

Condutas de um bom visitante:

Ao visitar o PARNASO, assim como outras unidades de conservação, tenha em mente que é uma área protegida, e precisamos ter cuidados especiais. Ter consciência de que somos partes integrantes desse todo, é necessário! Portanto, seguem algumas regras para uma boa conduta:

  • Não colete plantas;
  • Não utilize atalhos saindo das trilhas;
  • não leve animais de casa, nem do Parque para casa;
  • Respeite os horários de visitação;
  • Evite  uso de protetor e repelente nas águas;
  • Não leve caixas de som (curta o som da natureza viva e pulsante!);
  • Não alimente os animais silvestres;
  • Recolha todo o seu lixo;
  • De forma alguma faça fogueira.

10. Registros durante a quarentena

Com o parque fechado e sem previsão de reabertura, por conta da pandemia da Covid-19, a fauna silvestre vem aproveitando a “privacidade” e proporcionando registros incríveis de médios e grandes mamíferos com o auxílio de armadilhas fotográficas (“máquinas” fotográficas digitais com sensores térmicos e de movimento que, instaladas pelos biólogos nas árvores, são acionadas quando animais passam próximos a elas).

Foto Divulgação / Parnaso Oficial

Desde 2010, o Parque faz esse monitoramento, sob coordenação da analista ambiental Cecília Cronemberger de Faria, idealizadora do projeto, que durante a quarentena já registrou onças-pardas (Puma concolor), vários cachorros-do-mato (Cerdocyon thous), gato-do-mato (Leopardus sp), irara (Eira barbara) e furão (Galicitis cuja), em trilhas que normalmente recebem entre 500 e 1000 pessoas por mês.

Veja também:

Esse post foi feito em parceria com o Mais Trilhas
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