Tendência: petropolitanos buscam transportes alternativos para fugir do trânsito

Petrópolis é uma cidade vista como um problema geral quando o assunto é mobilidade urbana. Dados do Censo 2023 e do Detran RJ, apontam que, para cada três moradores da cidade, existem dois veículos em circulação. Atualmente, a população de Petrópolis é composta por 278.881 pessoas.

A frota da cidade conta com 193.514 transportes. Com isso, o número de automóveis em circulação corresponde a 69,4% dos habitantes. Em meio ao caos dos horários de pico na cidade, onde o trânsito intenso e as longas horas de deslocamento são comuns, há histórias de pessoas que encontraram maneiras criativas e eficientes de enfrentar os desafios do dia a dia.

Foto: Arquivo Sou Petrópolis

A tendência dos transportes alternativos está ganhando força, oferecendo soluções para escapar das longas horas perdidas no tráfego e melhorar a qualidade de vida.

Fernanda Aimé, de 28 anos, é empresária e trabalha no centro movimentado de Petrópolis. Cansada das longas horas gastas no trânsito e nas lotações do transporte público, desde 2022 ela optou pelo patins elétrico para se locomover.

“Após as chuvas de 2022, ficou muito complicado andar de ônibus, na Coronel Veiga, onde eu moro. Outra questão é de todo o estresse que o trânsito acaba gerando. É um gasto alto para quem trabalha longe de casa, tem gasolina, manutenção e estacionamento. O patins me traz rapidez e consigo levar ele para vários lugares, por conta de seu tamanho” relata.

Foto: Arquivo pessoal

Além da economia com o transporte público e combustível, Fernanda detalha o estado de conservação das vias para a escolha dos patins. “As ruas também não ajudam muito. Independente do meio de transporte que você usa, as pessoas precisam ter mais conscientização, tanto motoristas quanto pedestres. Gosto de dizer que sou um carro a menos, o que facilita a vida de todos,” completa.

Estresse no trânsito

Para a psicóloga Jéssica Wayand, as pessoas que precisam enfrentar trânsito todos os dias, seja dentro do carro ou em transporte coletivo podem ficar expostas a uma grande carga de tensão.

“A exposição prolongada à poluição sonora e a preocupação com possíveis atrasos no trabalho ou na volta para a casa, tornam-se mais suscetíveis a transtornos psicológicos e doenças como a ansiedade e depressão. O grande número de veículos nas ruas, o desrespeito às normas de trânsito, as más condições dos veículos e/ou das ruas são os principais agentes de estresse no contexto do trânsito,” explica.

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