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7 fatos e curiosidades sobre a Casa de Petrópolis

História

7 fatos e curiosidades sobre a Casa de Petrópolis

Popularmente conhecida como Casa dos Sete Erros, o atrativo, que fica na Avenida Ipiranga, é um dos mais visitados do Centro Histórico

Um dos pontos turísticos mais emblemáticos da cidade, a Casa de Petrópolis Instituto de Cultura é repleta de histórias e curiosidades que atraem e encantam seus visitantes.

De lendas que envolvem seus moradores à arquitetura curiosa que já foi, inclusive, cenário de novelas, o icônico casarão do século 19 mantém sua decoração original preservada e é aberto à visitação, com exposições e eventos que mantêm suas salas vivas e vibrantes.

Foto: Divulgação

Sua construção começou em 1879. Seu proprietário, José Tavares Guerra, que havia passado seus anos de estudo na Europa, idealizou sua residência unindo a beleza dos estilos europeus com as modernidades que começavam a surgir no final do século 19. A obra, concluída em 1884, foi executada pelo alemão Karl Spangenberger e feita com mão de obra de imigrantes.

Fique agora com as curiosidades:

1. Casa dos Sete Erros

A Casa de Petrópolis Instituto de Cultura já foi conhecida como Casa da Ipiranga, Mansão Tavares Guerra e Casa Petrópolis. Mas o nome mais conhecido sem dúvida é Casa dos Sete Erros, que surgiu por acaso, fruto de uma brincadeira que os cocheiros das antigas vitórias faziam com os turistas ao passar pela casa. Devido a arquitetura assimétrica dos lados do casarão, a proposta era desvendar quais as diferenças existiam entre cada um deles.

Foto: Divulgação

E essa brincadeira foi tomando grandes proporções, até que o imóvel ficasse conhecido como Casa dos Sete Erros.  O casarão é um chalé eclético em estilo vitoriano e o uso extensivo de detalhes arquitetônicos em madeira como balcões, marquises e beirais conferem ao local atributos característicos da casa de campo romântica.

Sua assimetria, projetada propositalmente, é o que confere o charme e o motivo da brincadeira que acabou resultando no nome.

2. Cocheira

Ao lado direito da edificação principal foi construída uma cocheira para os cavalos que eram utilizados pelos carros de cavalos da família à época. Entretanto, o espaço transformou-se ao longo dos anos, em um verdadeiro refúgio gastronômico: o charmoso restaurante Bordeaux Vinhos. Com uma localização privilegiada, seus visitantes desfrutam de uma vista única para a imponente Casa de Petrópolis.

Foto: Giovani Garcia

3. Espírito na sacada

Durante muito tempo a casa recebeu injustamente a alcunha de mal assombrada. E a história por trás desse título é mais uma das curiosidades que permeiam o local e remete até a um membro da família: a Maria Lysia Tavares Guerra, filha mais nova de José Tavares Guerra.

Foto: Divulgação

Responsável pela casa ter sido preservada em seu estilo original, a tia Loca, como era chamada, foi a última a morar no local e faleceu em 1981. A história de o local ser mal assombrado surgiu porque muita gente que passava em frente à Casa entre as décadas de 1960 e 1980, jurava ter visto o fantasma de uma mulher segurando uma vela no segundo andar. A mulher, de fato, estava lá: a tia Loca, mas estava vivíssima.

4. Ninfas nuas – melhor não!

O casarão é rico em detalhes, principalmente em seu interior, em que até as dobradiças da porta são decoradas. Seus lustres franceses, espelhos de cristal belga, lareiras de mármore carrara dão um toque irresistível ao espaço. E claro, suas mais de 200 pinturas murais por todos os cômodos completam seu estilo único.

Foto: Divulgação

E algumas dessas pinturas têm histórias curiosas. Em seu segundo andar, no alto da escada, havia duas ninfas que foram concebidas despidas. E elas ficaram assim até 1887, quando José Tavares Guerra se casou com Júlia Fonseca Guimarães, que não gostou nada nada daquelas ninfas nuas. Foi aí que eles encontraram um artista que criou um véu sob elas, acabando com qualquer possibilidade de briga de casal por esse motivo. O véu, no entanto, tornou as ninfas ainda mais sedutoras.

5. Jardim de Glaziou

O jardim da Casa também foi preservado, mantendo o traçado original do renomado botânico e paisagista francês Auguste Glaziou, o mesmo responsável pela reforma dos jardins da Quinta da Boa Vista e da residência do Barão de Nova Friburgo, por exemplo.

Durante o Segundo Reinado no Brasil, havia uma preocupação em criar uma identidade brasileira, e Glaziou desempenhou um papel crucial nesse projeto.

Foto: Divulgação

Inspirado pelos jardins românticos ingleses, Glaziou escolheu plantas brasileiras para compor seus projetos, sendo pioneiro ao utilizar a vegetação tropical como ornamento, rompendo com a visão anterior de que a mesma era considerada selvagem ou mato.

6. Luz Elétrica

Ao voltar da Europa e trazer consigo elementos do velho continente, José Tavares Guerra decide construir uma residência que lembre a sua vida no exterior, propondo, assim, a Casa de Petrópolis. Nostálgico, as pinturas do teto trazem cenas dos Alpes Suíços, África, Índia, antiga Palestina, Egito e África, lugares visitados por ele ao longo da vida. E, sempre à frente do seu tempo, foi o primeiro a levar luz elétrica ao município de Petrópolis e também o primeiro a levar um relógio de torre para a cidade.

Foto: Divulgação

7. Novelas

A beleza da mansão também já serviu como cenário de novelas. Em Era Uma Vez, novela da TV Globo de 1998, ela era a casa de Pepe, interpretado pelo saudoso ator Elias Gleizer. E seu exterior aparecia com frequência nas externas do folhetim.

Foto: Reprodução

Mais tarde, em Esplendor (2000), novela do final dos anos 1950, serviu como moradia do protagonista Frederico Berger, interpretado por Floriano Peixoto e seus três filhos. A trama, que se passa no Sul do Brasil, mostra a casa e seus detalhes exteriores também na abertura.

Mas, a primeira vez que o espaço serviu como cenário de uma novela foi em 1987, em Direito de Amar. A trama, ambientada no Rio de Janeiro do início do século XX, contava com nomes como Glória Pires, Lauro Corona, Carlos Vereza, entre outros.

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