Mães de Petrópolis abrem espaço para diálogo e empoderam os filhos já na infância
Elas acreditam que dessa forma eles poderão crescer como adultos confiantes, livres de preconceitos e independentes
Mães têm o incrível dom de se doar inteiramente para os filhos. São elas que cuidam das crianças ainda tão pequenininhas, amamentam, alimentam, ensinam a andar e a falar. Mães também representam o porto seguro e são inspiração para as crianças. E não para por aí.
Algumas mães mostram que além de ser isso tudo elas também têm o poder de empoderar os filhos desde a infância para que se tornem adultos confiantes, livres de preconceitos e independentes.
A petropolitana Priscila Pires ensina a filha Raffaela, de 6 anos, a entender questões sobre racismo e a amar sua história e traços. Já Paola Fávero incentiva a vocação empreendedora do filho Mateus, de 12 anos, e estimula a autonomia dele e do Davi, de 8 anos.
Profissão youtuber
Foi pelo cansaço que Raffaela convenceu a mãe de que queria ser youtuber. Após conversar com o pai da menina, o Leandro, Priscila resolveu atender o pedido da filha. Ela produz, filma e edita os vídeos do canal “Raffaelinda”, que tem quase 200 inscritos.
No canal, são abordados diversos assuntos como: “Racismo não, merecemos respeito” e “Raffa ensina a como cuidar com carinho do cabelo crespo”.
O gosto por estar em frente às câmeras não surgiu do dia para a noite. A mãe atribui tudo isso a um estímulo de mostrar a filha no espelho e explicar sobre cada detalhe, como a cor da pele, o cabelo, os traços.
“Sempre mostrei reforçando o quanto ela é bonita. E quando gravamos os vídeos ela gosta de se ver, de se ouvir. O fato dela gostar do que está vendo é muito importante para ela crescer com esse sentimento de se amar e se gostar”, diz Priscila.
Priscila Pires e a filha Rafaella – Foto Arquivo Pessoal
A mãe acredita que educar as crianças desde pequenas sobre as questões do preconceito e racismo deveria ser uma bandeira levantada em todas as casas para que exista uma mudança cultural expressiva de fato. “Falo para Rafaella que todos somos diferentes e merecemos respeito. Ninguém deve ser tratado de forma inferior”, ressalta.
Estímulo à vocação empreendedora
Já o Mateus Fávero descobriu uma vocação para o empreendedorismo aos 11 anos. Ele queria um videogame e estava juntando dinheiro, mas percebeu que ia demorar. Foi então que propôs à mãe que fizessem algo para que conseguisse chegar a quantia mais rapidamente.
Paola conta que incentivou o filho a vender algo e chegaram a produção de cookies que foi um sucesso. Mesmo depois de ter comprado o videogame, as vendas continuaram a pedido dos clientes.
Foto Arquivo Pessoal
Agora Mateus quer montar um quiosque. Paola, que é pedagoga e está se formando em psicopedagogia, conta que o filho vai precisar esperar um pouco para realizar esse sonho, mas continua estimulando para que ele saiba sobre suas potencialidades.
Paola e os filhos Davi e Mateus – Foto Arquivo Pessoal
Em casa, tanto o Mateus, que já completou 12 anos, quanto o Davi, de 8, ajudam a arrumar cama e lavar louça, por exemplo.
“Tem que ter o meu esforço de pedir para fazerem, mas fazem. Acredito que quando a gente promove isso consegue desenvolver a autonomia nas crianças, o que faz com que sejam adultos confiantes, que sabem seu valor no mundo e que atitudes geram consequências”, afirma.
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