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Coronavírus: 2.400 profissionais de saúde de Petrópolis já foram afastados por conta da doença desde o início da pandemia

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Coronavírus: 2.400 profissionais de saúde de Petrópolis já foram afastados por conta da doença desde o início da pandemia

Além do crescente número de internações, a falta de médicos também preocupa 

Desde março, 2.400 profissionais de saúde de Petrópolis já tiveram que se afastar de seus cargos por suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus. Neste momento, cerca de 400 deles — entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas entre outros profissionais do SUS e de hospitais particulares — estão em monitoramento feito pela Vigilância Epidemiológica.

Foto: Silvio AVILA / AFP

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, além dos médicos e enfermeiros em isolamento domiciliar com suspeita de Covid-19, também há profissionais acima de 60 anos de idade afastados por estarem no grupo de risco da doença.

“Muitos médicos foram afastados dos atendimentos com suspeita de Covid-19. Alguns, com mais de 60 anos, foram afastados por pertencerem ao grupo de risco do coronavírus. Outros, mesmo fora do grupo estão contaminados com a doença e se recuperam em isolamento domiciliar. Diante disso, a prefeitura vem realizando a formação de mais equipes de atendimento para as unidades de saúde da cidade”, explica a assessoria de imprensa da SMS.

Número de médicos diminui e procura por atendimentos aumenta

Na contramão, a procura da população pelas unidades básicas de saúde triplicou em novembro. Segundo a SMS, o número de atendimentos diários de pacientes com suspeita de Covid-19 passou de 70 para mais de 200 nos últimos dias. O resultado disso, somado ao afastamento de parte dos profissionais de saúde, são horas de espera nas UPAs de Petrópolis. Nesta semana, há relatos de pacientes que esperaram mais de oito horas para serem atendidos na UPA Centro.

Tenda para atendimento de pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus na UPA Centro – Foto Reprodução grupos de WhatsApp

Prefeitura garante que há leitos, mas falta de médicos preocupa

No meio desta semana, um vídeo publicado pela Unimed Petrópolis pôs em dúvida a veracidade das taxas de ocupação de leitos hospitalares do SUS que vêm sendo divulgadas nos boletins diários da Covid-19. O vídeo dizia que a Unimed recebeu um mandado judicial do Estado do Rio de Janeiro para a internação de um paciente que estava em uma das UPA’s de Petrópolis devido à Covid-19. De acordo com o presidente da Unimed, Rafael Gomes de Castro, o sistema público de saúde corre risco de colapsar.

Em resposta, a prefeitura garantiu que ainda há leitos disponíveis para pacientes com a Covid-19 no SUS, mas a falta de médicos para atender o aumento da demanda preocupa. Buscando absorver o número de internações nas últimas semanas, a prefeitura anunciou que vai abrir mais 37 leitos de UTI e está remanejando mais médicos para o atendimento de pacientes de Covid-19.

“Estamos trabalhando para a formação das equipes que estarão à frente deste trabalho, mas alguns médicos que atuariam nas unidades foram afastados por estarem enquadrados no grupo de risco da Covid-19 e, outros, contraíram a doença”, explicou a Secretária de Saúde, Fabíola Heck.

Diante disso, a Secretária de Saúde chamou atenção da população para que colaborem com os decretos e mantenham as medidas preventivas, como o uso de máscara e que evitem aglomerações.

“Muitas pessoas ainda não perceberam o tamanho da responsabilidade que têm em suas mãos. Se cada um não fizer a sua parte jogaremos fora tudo o que conseguimos. Muitas famílias estão se contaminando porque estão se aglomerando em suas próprias casa. Por isso é importante não fazer esses eventos nem mesmo em casa, evitar as visitas de familiares e, em caso de extrema necessidade, usar sempre as máscaras”, reforça a Secretária de Saúde.

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