8 fatos e curiosidades sobre o distrito de Itaipava, em Petrópolis
Ao longo da História, acontecimentos importantes marcaram o desenvolvimento do terceiro distrito
Foi no dia 8 de maio de 1892, por meio de um decreto, que nasceu o terceiro distrito de Petrópolis: Itaipava. A região, tida muitas vezes como uma cidade à parte, é valorizada pelo seu clima, gastronomia e pelas diversas opções de lazer. Ao longo dos anos, acontecimentos importantes marcaram o seu desenvolvimento. A Sou te convida a conhecer 8 fatos e curiosidades sobre esse distrito.
Foto: arquivo Sou Petrópolis
1. Origem do nome Itaipava
A palavra Itaipava seria de origem indígena. O termo significa “recife de pedra que atravessa o rio de margem a margem, provocando o desnivelamento da corrente, formando a pequena queda d’água”, no Rio Piabanha que, na altura de Itaipava, é cortado pela chamada Pedra do Salto, que seria responsável por afetar o curso das águas.
Foto: reprodução Diário de um Viajante
2. Primeiros habitantes
Dados da época informam que os índios foram os primeiros habitantes de Itaipava. Antes, às terras que constituem Petrópolis eram chamadas pelos portugueses de “Sertão dos Índios Coroados”. A denominação era por causa do corte dos cabelos dos índios, que formava uma espécie de coroa enrolada no alto da cabeça. Eles seriam os antigos goitacases que buscaram refúgio no sertão. A descoberta de objetos indígenas, nos rios petropolitanos, reforçou a tese de que o caminho para Minas Gerais e que, posteriormente, foram aproveitadas pelos colonizadores, na realidade foram abertas pelos índios em seus movimentos migratórios.
Foto: reprodução internet
3. Hipódromo em Itaipava
Não é tão difícil imaginar que existiu um hipódromo em Itaipava, por volta de 1894. Acredita-se que a área, destinada a exercícios de equitação e corrida de cavalos, ficava próximo ao local conhecido como Ponte dos Arcos, onde hoje fica localizado o Parque Municipal de Itaipava.
Foto: acervo Museu Imperial
4. Visitantes ilustres
Embora o Presidente Getúlio Vargas não tenha residido em Petrópolis, visitou Itaipava várias vezes, conforme registrado em seu diário. Ele frequentava a casa do Desembargador na Corte de Apelação do Distrito Federal de 1926 a 1937 e Ministro do Supremo Tribunal Federal de 1937 a 1941, Armando de Alencar, e também outras propriedades na região, como a Fazenda da Manga Larga e a Fazenda de Santo Antônio. Armando também tinha uma casa de veraneio no distrito, na Granja Nossa Senhora do Carmo.
Foto: reprodução internet
5. Primeira paróquia de Itaipava
O aumento da população e as necessidades espirituais levaram o Bispo Diocesano, Dom José Pereira Alves a constituir canonicamente a Paróquia de São José de Itaipava, a separando da Paróquia de Cascatinha. A nova Paróquia, abrangendo Cuiabá, Secretário, Barra Mansa, Itaipava e Pedro do Rio, foi criada pelo Decreto Diocesano de 26 de abril de 1944.
Foto: reprodução Diocese de Petrópolis
6. Itaipava, moradia de Barão e Presidentes
O Barão Jaime Smith de Vasconcellos escolheu Itaipava para construir a sua residência de verão – O Castelo de Itaipava. Por anos, Barão e sua família moraram no local. Formado em Medicina e sem noção de engenharia, ele próprio fez questão de dirigir a construção do imponente edifício, que hoje é ponto turístico de Petrópolis. O Presidente Epitácio Pessoa residiu por vários anos no terceiro distrito, assim como o poeta Raul de Leoni, que teve uma relação muito estreita com a localidade, atraindo seus alguns amigos como Nilo Peçanha e Henri Gonot.
Até hoje Itaipava é considerada a região “queridinha” dos famosos em Petrópolis. Muitos artistas globais têm casas pelo terceiro distrito.
Foto: reprodução internet
7. Imigrantes japoneses e portugueses em Itaipava
Os imigrantes japoneses e portugueses dedicaram-se à agricultura. A primeira família japonesa a residir em Itaipava foi a família Fukuda, cujo chefe, Kazuto Fukuda adquiriu um terreno, tornando-se agricultor e convidou outras famílias a se estabelecerem na região, as quais se dedicaram ao cultivo de hortaliças. Já os imigrantes portugueses criavam gado bovino e suíno e também dedicaram-se ao comércio, deixando marcas de sua cultura, sobretudo no Vale do Cuiabá.
Foto: reprodução Projeto Integrado
8. De vilarejo a distrito turístico
Itaipava era um vilarejo, com um pequeno comércio, quando o então Presidente do Rio de Janeiro, Nilo Peçanha, comprou as terras onde hoje se encontra o Castelo de Itaipava. Com isso, sua presença no terceiro distrito trouxe mudanças, impulsionando o progresso local com construções, como a estrada que liga Itaipava a Teresópolis e a Estação de Nogueira. Hoje, Itaipava é um cantinho muito apreciado pelos moradores e turistas. Com seus restaurantes aconchegantes, paisagens verdes e clima agradável não tem como não se apaixonar!
Foto: arquivo Sou Petrópolis
Fonte: Instituto Histórico de Petrópolis