Revitalização: Fábrica São Pedro de Alcântara ganha projeto final e espaço vai se chamar Fábrica Park
Local passa por revitalização e expectativa é que em 2025 esteja em total funcionamento.
A antiga fábrica de tecidos e algodão São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, passa por uma revitalização e ganhou o seu projeto final. Com isso, o espaço ganha o nome de Fábrica Park e abrigará um complexo cultural. O projeto foi apresentado pelos novos proprietários do prédio. A intenção é criar um ambiente propício para o crescimento, impulsionamento e reposicionamento de empresas locais no mercado.
Foto: Dudu Bellotti
Fábricas no espaço
Pequenas e médias fábricas de produtos alimentícios poderão usar o espaço, mediante contratos de locação. Serão criados espaços de convivência entre os fabricantes e colaboradores fomentando a troca de experiências e boas práticas.
“As fábricas poderão contar com assessorias de marca e imagem, contábil, jurídica e empresarial. Ao todo são esperados 25 empresas, entre, cervejarias, chocolaterias, fabricantes de biscoitos, pães, casas de cereais, produtos naturais, sorveterias, tortas e bolos, doces, salgados e espaços para produtores rurais”, detalha Leonardo Simas, um dos sócio proprietários do espaço.
Loja de fábrica
Para impulsionar as vendas, a Fábrica Park contará com uma loja de fábrica onde os fabricantes poderão expor seus produtos e desenvolver atividades focadas em experiências para seus clientes.
“Essa é a ideia principal, criar um ambiente onde o fabricante e o cliente tenham uma experiência diferente de tudo”, diz Simas.
Espaço cultural
Em continuidade com o projeto inicial, o Fábrica Park contará com um espaço para eventos, com capacidade de até 1000 pessoas, onde atenderá congressos, confraternizações, simpósios, eventos culturais e gastronômicos e festas.
“A intenção é atender uma demanda da cidade e pedidos de setores do comércio local, além de fomentar, também, a loja de fábrica dos fabricantes de produtos alimentícios”.
“A fase final deste projeto é a criação de um grande Mercado Gourmet, aos moldes dos mais famosos mercados europeus. Já iniciamos as entrevistas e curadoria das empresas. O primeiro semestre do ano de 2024 será de acomodação das empresas. Para o segundo, esperamos estar com 60% do projeto já em atividade, alcançando 2025 em total funcionamento das fábricas”, pontua Leonardo Simas.
Revitalização ‘devolve’ o prédio à cidade, resgata a história e faz a memória agir junto ao presente
A revitalização ‘devolve’ o prédio à cidade e resgata características de quando a fábrica foi instalada: de vanguarda. A Imperial Fábrica de Tecidos São Pedro de Alcântara, que chegou a ter mais de 500 operários, funcionou ao longo de mais de 100 anos usando modernidade e tecnologia.
Foto: Divulgação
A primeira delas foi a utilização da força hidráulica. Um açude poucos metros antes do prédio desviava a água do Rio Quitandinha por um canal dentro da fábrica. Como a rua é em declive se formava uma queda d’água que movimentava uma turbina e produzia energia para abastecer todos os maquinários do local, um avanço tecnológico de ponta na época. Depois, a fábrica foi atualizando a forma de operação usando vapor, óleo combustível e até chegar à energia elétrica.
A São Pedro de Alcântara, uma construção com características de arquitetura inglesa, ainda que tenha sido inaugurada em 1871, preserva em sua fachada a inscrição indicando o ano de 1888. Mas, esta data marca uma reinauguração após a indústria ter ficado fechada para obras por um ano em consequência de um incêndio.
O prédio chama a atenção dos turistas que chegam à cidade pelo Quitandinha e mesmo ainda fechada à visitação atrai os visitantes para fotos, além de profissionais de arquitetura e estudantes da área em pesquisas sobre a construção.