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Quem foi São Pedro de Alcântara, santo padroeiro de Petrópolis?

História

Quem foi São Pedro de Alcântara, santo padroeiro de Petrópolis?

Confira algumas curiosidades sobre o santo que nasceu rico, mas optou pela pobreza, foi devocionado pela família imperial e também se tornou padroeiro do Brasil

Neste dia 19 de outubro é celebrado o Dia de São Pedro de Alcântara, santo padroeiro de Petrópolis, que dá nome também à Catedral, no Centro Histórico. A seguir, confira algumas curiosidades sobre a história do santo que nasceu rico, mas optou pela pobreza, foi devocionado pela família imperial e também se tornou padroeiro do Brasil.

Fotos: Reprodução e @flyenri

Pedro Garavito, que mais tarde se chamaria Pedro de Alcântara, nasceu na cidade de Alcântara, na Espanha, em 1499, e ficou conhecido por sua vida de oração, penitência e dedicação aos pobres. Ingressou na Ordem Franciscana ainda jovem e fundou a Reforma Alcantarina, um movimento de retorno à simplicidade e ao espírito original de São Francisco de Assis.

Apesar de ter tido pais nobres, sua vida de extrema pobreza e contemplação inspirou santos como Santa Teresa d’Ávila, que o considerava um verdadeiro amigo e conselheiro espiritual.

Ligação com a família real

Em vida, Pedro de Alcântara foi o confessor do rei de Portugal Dom João III. Após sua canonização em 1669, se tornou o santo de devoção da família imperial.

Em 1798, São Pedro de Alcântara foi homenageado por Dom João VI e Carlota Joaquina ao batizarem seu segundo filho, Dom Pedro I, que veio a se tornar o primeiro imperador do Brasil. Anos mais tarde, Dom Pedro I e sua esposa, Leopoldina, também honraram o religioso, batizando Dom Pedro II. Pai e filho têm, ainda, o sobrenome Alcântara.

Fotos: Reprodução

Padroeiro de Petrópolis e do Brasil

Devoto fervoroso do santo, Dom Pedro I solicitou ao Papa Leão XII, em 1826, para que São Pedro de Alcântara fosse o padroeiro do Império e da nação brasileira. O título foi concedido e, embora Nossa Senhora da Conceição Aparecida seja a padroeira do Brasil, São Pedro de Alcântara também é celebrado como tal.

Em Petrópolis, Dom Pedro II, também adotou o santo como protetor e patrono espiritual da cidade. Inclusive, no Decreto Imperial de 16 de março de 1843, que fundou o município, existe uma determinação para a demarcação “de um terreno para nele se edificar uma igreja com a invocação de São Pedro de Alcântara…”, que veio a se tornar a Catedral.

Veja também: #Cartões-Postais: 8 fatos e curiosidades sobre a Catedral São Pedro de Alcântara

Foto: Reprodução Petrópolis Real

Mas e Nossa Senhora de Aparecida?

Antes mesmo de ser proclamada padroeira do Brasil em 1931, a devoção à Nossa Senhora da Conceição já existia no Brasil desde o período colonial, pois a santa era padroeira de Portugal e, por extensão, de suas colônias. Em texto para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira explica que a padroeira principal do Brasil foi sempre Nossa Senhora da Conceição.

Após o encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul, em 1717, ela foi solenemente coroada e, em 1931, proclamada rainha e padroeira do Brasil, com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida ou, simplesmente, Nossa Senhora Aparecida.

“Após a proclamação da República, por razões políticas que desejavam minimizar tudo o que recordasse a Monarquia, o título de padroeiro secundário dado a São Pedro de Alcântara ficou meio esquecido, porém nunca foi oficialmente eliminado, sendo sempre festejado liturgicamente pela Igreja”, comenta.

Foto: Reprodução

Inicialmente, a celebração litúrgica de São Pedro de Alcântara acontecia no dia 12 de outubro, que foi a data de nascimento de Dom Pedro I. Coincidentemente, também em 12 de outubro, três pescadores encontraram a imagem da Santa que viria a ser conhecida como Nossa Senhora de Aparecida.

Como a festa de Nossa Senhora Aparecida foi determinada para esta data, a celebração de São Pedro de Alcântara foi, posteriormente, transferida para 19 de outubro. Já que ele faleceu em 18 de outubro, que é festa do Evangelista São Lucas, por isso, a memória litúrgica foi deslocada para o dia seguinte.

*Fontes: Instituto Histórico de Petrópolis (IHP), Canção Nova, CNBB, Rádio Catedral e Brasil Paralelo

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