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Pessoas com Síndrome de Down são protagonistas de curtas-metragens gravados em Petrópolis

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Pessoas com Síndrome de Down são protagonistas de curtas-metragens gravados em Petrópolis

[Dia Mundial da Síndrome de Down] Produções destacam o audiovisual como uma ferramenta poderosa de transformação social

No Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado neste 21 de março, a representatividade e a inclusão ganham destaque no cinema nacional com dois curtas-metragens produzidos em Petrópolis. “Marcação Cerrada”, já lançado e em circuito de festivais, e “Onde Mora a Saudade”, em fase de pré-produção, abordam a autonomia e os desafios de pessoas com síndrome de Down, fugindo dos estereótipos e trazendo uma abordagem sensível e realista.

Foto: divulgação

Produções

As produções são dirigidas por Rodolfo Medeiros, que vê no audiovisual uma ferramenta poderosa de transformação social. “O cinema e o teatro ajudam a quebrar barreiras e a ampliar as oportunidades para artistas com deficiência”, afirma o cineasta. Os filmes são protagonizados por atores da Cia Somos 21 e do Projeto Andorinhas, iniciativas que incentivam a formação artística de pessoas com síndrome de Down.

Foto: Divulgação

Representatividade em cena

Lançado em novembro de 2024, “Marcação Cerrada” utiliza o futebol, paixão nacional, como fio condutor para contar a história de jovens com síndrome de Down que enfrentam desafios dentro e fora de campo. Com uma abordagem naturalista, a obra traz uma narrativa leve e emocionante, destacando a importância da autonomia e da inclusão no cotidiano.

O processo de produção priorizou um ambiente acessível e acolhedor para os atores. “O maior desafio foi garantir um ritmo de gravação adaptado às particularidades de cada um, respeitando seu tempo e garantindo um espaço seguro no set”, explica o diretor. Atualmente, o curta percorre festivais nacionais e internacionais e, futuramente, deve ser disponibilizado em plataformas digitais.

“Onde Mora a Saudade”, com filmagens previstas para junho de 2025, mergulha em um tema sensível: o abandono paterno e a busca por pertencimento. A trama acompanha Pedro, um jovem com síndrome de Down, que parte em uma jornada em busca do pai que o abandonou ao nascer. “Queremos mostrar um protagonista determinado, que não é retratado como incapaz ou frágil, mas como alguém que enfrenta suas próprias dores”, conta o diretor.

Com um tom mais intimista e uma fotografia que reflete a carga emocional da história, o curta promete provocar reflexões profundas sobre laços familiares e afetividade. Além da participação de atores da Cia Somos 21 e do Projeto Andorinhas, a equipe técnica contará com alunos do Projeto TAKE 1, iniciativa que capacita pessoas com deficiência no audiovisual.

Foto: Divulgação

Petrópolis como cenário da inclusão

Além de trazer protagonismo e inclusão para a tela, as produções também destacam a cidade de Petrópolis como cenário. Em Marcação Cerrada, locais icônicos foram escolhidos para dar autenticidade à história. As gravações aconteceram no tradicional restaurante Majorica, na garagem da empresa de ônibus Única, no hotel Locanda, na Academia Aeróbica e na casa de festas Via Festa. Além disso, cenas marcantes foram registradas na imponente Catedral São Pedro de Alcântara, um dos principais cartões-postais da cidade.

“A produção ainda levou parte das filmagens para o Maracanã, no Rio de Janeiro, com apoio da FlaTV, canal oficial do Flamengo. A escolha do estádio mais famoso do Brasil reforça a conexão entre a trama e a paixão nacional pelo futebol, tornando a história ainda mais envolvente”, ressalta Rodolfo.

Arte como ferramenta de transformação

Para Medeiros, ainda há muitas barreiras a serem superadas na sociedade, mas a arte tem o poder de mudar percepções e promover inclusão. A mensagem central das produções para o diretor é clara: “pessoas com síndrome de Down devem ocupar todos os espaços, inclusive no cinema”.

No Dia Mundial da Síndrome de Down, “Marcação Cerrada e Onde Mora a Saudade” se tornam exemplos de projetos que reafirmam a importância do respeito, da diversidade e do protagonismo de pessoas com deficiência na cultura e na sociedade.

Foto: Divulgação

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